O governador afastado do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL), não está medindo esforços para tentar voltar ao cargo, do qual foi afastado no último dia 20 de outubro, na esteira de uma operação da Polícia Federal que investiga fraudes no setor de saúde que chegam a 45 milhões de reais.
O seu afastamento foi determinado pelo ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Para tentar reverter a decisão na Corte Especial do tribunal, que reúne os quinze ministros mais antigos, Carlesse contratou três dos principais defensores que atuam em Brasília: Nabor Bulhões, que defendeu clientes como o ex-presidente Fernando Colllor e o empresário Marcelo Odebrecht; o ex-presidente nacional da OAB Marcos Vinícius Coêlho; e Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, um dos principais advogados criminalistas do país, com uma extensa ficha de clientes alvos da Lava Jato.
Carlesse, um agropecuarista que já está no seu quinto partido, assumiu o governo do estado de forma provisória em 2018 com a cassação do então governador Marcelo Miranda (MDB) e sua vice, Cláudia Lellis (PV). Em junho do mesmo ano, venceu as eleições suplementares para exercer um mandato-tampão até o final ano. Em outubro, com 57% dos votos, confirmou a reeleição para mais quatro anos.