Goiânia terá megacomplexo inspirado no World Trade Center
Empreendimento previsto para ser lançado em agosto reúne hoteis, restaurantes, apartamentos de luxo e salas comerciais no coração da capital do agronegócio
No começo dos anos 1970, o famoso bairro de Manhattan, em Nova Iorque, ganhou um complexo de sete prédios que impressionou o mundo pela grandeza arquitetônica da proposta. O World Trade Center original ( reconstruído depois do ataque terrorista às Torres Gêmeas, em 2001) reuniu grandes empresas, hotéis de luxo e órgãos do governo, tornando-se uma nova referência global de empreendimento imobiliário.
Em agosto, a capital do Goiás, irrigada com os lucros e investimentos vindos principalmente do agronegócio, vai ganhar o seu próprio World Trade Center. O setor Marista, bairro de alto padrão de Goiânia, vai ser a sede de um complexo com treze prédios destinados a residências, negócios, serviços e hospedagem. Eles ocuparão mais de 104 000 metros quadrados — quase o mesmo tamanho do estádio do Morumbi, em São Paulo.
A movimentação não é à toa. Dados da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás mostram que o preço de imóveis residenciais em Goiânia subiu 18,2% de 2022 para 2023. Hoje, é possível encontrar empreendimentos de alto padrão na cidade cujo metro quadrado custa mais de 13 mil reais.
Outro dado que explica essa realidade é o valor geral de vendas (VGV) de empreendimentos na cidade. Na última década (de 2014 para 2026) o número cresceu 126%, indo de 2,6 bilhões de reais para 6 bilhões. Hoje, o mercado de Goiânia é o terceiro do País, ficando atrás apenas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Leia a reportagem completa na edição nº 2.891 de VEJA.
Um dos empreendimentos confirmados no WTC goiano são dois restaurantes do MDR Group: o NB Steak e o Maremonti. O primeiro deles ganhou fama como um dos melhores cardápios de carnes do país, enquanto o segundo é dedicado à culinária italiana. As duas operações, que funcionarão em espaços que, juntos, têm cerca de 1 000 metros quadrados, são coordenadas pelo empresário Arri Coser, fundador do grupo.
“No inicio do ano, fui visitar um amigo em Goiânia. Encantei-me com o progresso que a cidade está vivendo e com a nova fase gastronômica da cidade”, disse Arri a VEJA sobre a decisão. Os restaurantes do MDR Group, até então, têm braços em São Paulo (capital e interior) e Porto Alegre.
Pelo menos mais três restaurantes devem abrir as portas no WTC de Goiânia. Nos bastidores, especula-se que um deles é o novo empreendimento do chef Ian Baiocchi, que já é dono do rooftop Grá Bistrô, referência em alta gastronomia na cidade.