A invasão dos prédios do Supremo Tribunal Federal, do Palácio do Planalto e do Congresso por golpistas, no domingo 8, rendeu cenas escatológicas, como a de um homem simulando defecar sobre um móvel no STF. Embora nesse vídeo específico, divulgado nas redes sociais pelos próprios apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o homem não tenha defecado de fato, peritos criminais revelaram ter encontrado fezes em diferentes pontos dos prédios invadidos. Amostras desse material, bem como vestígios de sangue de pessoas que se feriram ao quebrar vidros e móveis, foram recolhidas para a identificação dos responsáveis.
Segundo peritos, as fezes carregam elementos que permitem, com segurança, identificar seus “donos”, por meio de exame de DNA. No curso da investigação, os especialistas deverão comparar as amostras recolhidas com o material genético dos investigados, que acabaram produzindo provas contra eles mesmos.
A descrição do que cada um dos golpistas fez dentro dos prédios é imprescindível para o processo judicial, que exige que as condutas sejam individualizadas. Nesse contexto, o trabalho dos peritos criminais federais nos próximos meses deverá ser gigantesco, partindo da análise dos vídeos.