Após “arranca-rabos” públicos na imprensa e nas redes sociais, o pastor Silas Malafaia colocou panos quentes nas críticas à postura errática de Jair Bolsonaro nas eleições municipais. Ele condenou o ex-presidente por ter feito “jogo duplo” entre Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Nunes (MDB), para quem indicou o candidato a vice-prefeito na corrida pela prefeitura de São Paulo. O líder religioso também não gostou do apoio declarado do ex-presidente a Cristina Graeml (PMB), que disputa o segundo turno com Eduardo Pimentel (PSB), em Curitiba.
A VEJA Malafaia lembrou que está ao lado de Bolsonaro há muito tempo e disse que o presidente está sendo influenciado por “bolsominions viúvas de Marçal”. “Nada como um dia após o outro. Vão vir outros dias e eu quero ver a cara dessa raça, que eu chamo de ‘bolsominions viúvas de Marçal’, que querem tirar uma casquinha em cima de mim”, previu Malafaia.
“Isso [as críticas do pastor a Bolsonaro] não tem prejuízo nenhum [para a direita] porque todos nós que temos maturidade aprendemos mais com erros do que acertos. É só para a gente poder pensar um pouquinho. Para a gente ser mais incisivo naquilo que a gente acredita, independente do que rede social está falando. O líder não vive de momento, o líder vê lá o futuro. Ele aponta uma direção para o povo. Ele não pode deixar o povo indeciso”, explicou.
‘Pisada na bola’
Em live do portal bolsonarista AuriVerde Brasil, o ex-presidente também minimizou o embate e disse que ainda não conversou “nem por telefone” com o pastor após a série de críticas públicas, que provocaram a reação dos filhos de Bolsonaro. Apesar de contemporizar as falas de Malafaia, Bolsonaro classificou as declarações como “uma pisada na bola” do líder religioso e garantiu que não vai alimentar essa intriga porque brigas internas da direita iriam fortalecer o PSOL em São Paulo. “Ele tem um gênio explosivo, tem uma visão muito boa das coisas, mas, como é ser humano, dá uma pisada na bola”, afirmou Bolsonaro.