Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Disputas por vaga no STF e eventual sucessão de Dino preocupam Lula

Presidente já admite até adiar para 2024 a escolha do sucessor de Rosa Weber no Supremo

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 Maio 2024, 08h43 - Publicado em 9 out 2023, 10h47

Com a aposentadoria da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber, no início de outubro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, desponta — não sem dificuldades — como um dos principais nomes para ocupar a cadeira vaga no Supremo.

Um dos rostos mais conhecidos da nova Esplanada de Luiz Inácio Lula da Silva, ele começou a atuar antes mesmo de tomar posse, ao condenar, em dezembro do ano passado, ataques de bolsonaristas à sede da Polícia Federal em Brasília. De lá para cá, comandou ações relativas aos atos de 8 de Janeiro, à crise humanitária (e de segurança) na Amazônia e aos ataques em escolas. Também travou uma queda de braço com as big techs em torno da regulação das redes sociais e promoveu uma guinada na política de armamento civil que era tocada no governo Jair Bolsonaro.

Na mesma escalada do protagonismo, porém, começaram a vir as críticas, inclusive da esquerda, sobre o papel que a pasta tem desempenhado na segurança pública, como mostra reportagem de VEJA desta semana. 

Mais do que isso: a disputa dentro da base governista tanto pela cadeira no Supremo quanto pelo comando do Ministério da Justiça, caso Dino seja escolhido para o STF, tem causado preocupação a Lula.

Caso vá para o Supremo, Dino pensa em emplacar Ricardo Cappelli, secretário-executivo e número dois do ministro na Justiça, na sua cadeira na Esplanda. Homem de confiança de Dino, ele é jornalista de formação, foi secretário de Estado e de Comunicação no Maranhão quando o ministro era governador e teve protagonismo sob Lula ao ser nomeado interventor na segurança do Distrito Federal após o 8 de Janeiro. Apesar de ter ido bem, críticos petistas avaliam nos bastidores que Capelli tem “pouca estatura” para o cargo.  Outro nome ligado ao PSB de Dino que é cotado para substitui-lo é o do secretário nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho.

Continua após a publicidade

O PT, no entanto, tem seus planos para ocupar o Ministério da Justiça caso Dino seja o escolhido para o STF. Um dos nomes cotados é o de Jorge Messias, o advogado-geral da União, que hoje disputa com Dino e o presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, a indicação para a cadeira de Rosa Weber. Interlocutores de Messias, no entanto, dizem que ele não aceitaria a cadeira de ministro da Justiça caso não vá para o STF. Outra possibilidade para o PT na eventual sucessão de Dino é o advogado Marco Aurélio de Carvalho, aliado de primeira hora de Lula.

No meio da dança das cadeiras, tem-se levantado ainda outra discussão: o desmembramento do ministério em dois: Justiça e Segurança Pública. A possibilidade chegou a ser debatida e até defendida por nomes como o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) ainda no período de transição, mas a unificação das áreas foi uma das condições impostas por Dino para aceitar o cargo.

Uma das coisas que irritaram o presidente Lula foi o falatório de Dino sobre a possibilidade de ser ministro do STF. O “excesso de protagonismo” do ministro da Justiça já faz  o petista considerar adiar a escolha do substituto de Weber no Supremo. O presidente avalia que isso poderia ajudar a “baixar a temperatura”. Considera ainda que, a menos de três meses para o fim do ano, não seria algo tão “grave” deixar a escolha em aberto até o ano que vem — Cristiano Zanin demorou quase quatro meses para sentar na cadeira de Ricardo Lewandowski. “Por ora, não há cadeira vazia. É um ‘não-assunto’. Neste momento, a discussão é inoportuna e indelicada tanto para o presidente Lula quanto para o ministro Dino. Dino tem reconhecimento, mas cabe ao presidente escolher a sua equipe”, diz Marco Aurélio de Carvalho.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.