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APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES 2024

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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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De volta às lives, Bolsonaro elogia Valdemar, ataca Paes e ignora Nunes

Ex-presidente falou sobre eleições municipais e pediu voto para diversos candidatos — mas deixou de fora a disputa em São Paulo

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 out 2024, 21h56 - Publicado em 1 out 2024, 21h54

De volta com as famosas lives realizadas nas suas redes sociais, Jair Bolsonaro falou sobre as eleições municipais na noite desta terça-feira, 1º.

O ex-presidente se desdobrou em elogios ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ignorou a candidatura de Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo e fez duras críticas ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), que também concorre à reeleição.

Bolsonaro deu início à transmissão falando sobre a longa turnê que tem feito ao longo deste ano por todos os 26 estados, alavancando candidaturas de prefeitos e de vereadores, e queixou-se das críticas que recebe por não apoiar um ou outro candidato. “O que eu fiz ao longo desse um ano e meio foi para todos vocês do PL (…) Lamento as broncas pra cima de mim. ‘Tal município você não podia apoiar esse cara’, ‘Ah, o sistema te dominou’. Não vou aceitar pilha”, afirmou, emendando elogios a Valdemar.

“Sou presidente de honra do partido. O dono do partido é o Valdemar Costa Neto. Em nenhum momento ele desonrou nenhum compromisso comigo. Quero agradecer o Valdemar Costa Neto. Daria uma live de uma hora pra discutir sobre o Valdemar, pra gente falar a importância dele no cenário político atualmente”, prosseguiu.

“Lamentavelmente, não posso conversar com ele. Isso prejudica a gente. Quantas vezes eu tomo uma decisão, o Valdemar toma outra no lado de lá, e é conflitante”, disse Bolsonaro. Ambos estão proibidos de terem contato por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

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Apesar de ter enumerado uma série de candidatos apoiados por ele na live, de diversas regiões do país, o ex-presidente não fez menção à disputa em São Paulo. Na capital paulista, o PL fechou apoio à reeleição de Ricardo Nunes, mas boa parte do eleitorado e do próprio entorno bolsonarista tem defendido o embarque à candidatura de Pablo Marçal (PRTB). No meio do cabo de guerra e atacado de ambos os lados, Bolsonaro tem se distanciado da campanha de Nunes, deixando de participar de agendas públicas e até mesmo de gravar inserções para TV e rádio, algo prometido desde o início da campanha eleitoral.

Bolsonaro ainda aproveitou para criticar Eduardo Paes, prefeito do Rio, que tem o deputado federal Alexandre Ramagem (PL) como principal adversário. Pesquisas recentes mostram um recuo de Paes, que até então caminhava para uma vitória em primeiro turno. A última Quaest, divulgada na segunda-feira, 30, mostra o atual prefeito com 53% das intenções de voto — queda de quatro pontos percentuais em relação à rodada anterior. Ramagem aparece com 20%.

“Número de pardais aumenta 40% na cidade do Rio de Janeiro em um ano. Parabéns, Eduardo Paes. Coladão com o Lula, o negócio é meter a mão no bolso do povo. Tenho certeza que o Ramagem vai revogar esses contratos todos aqui. Não vai mais ter pardal para roubar o povo”, disse Bolsonaro.

“Votar no Eduardo Paes é votar no PT, é votar no Lula. Quem está com o Lula do seu lado, boa coisa não está pensando, ou boa coisa não está fazendo. Então, o Rio de Janeiro está polarizado, não tem como. Quem vota no Paes, vota Lula. Quem vota no Delegado Ramagem, vota Bolsonaro. E a partir de amanhã à noite estou no Rio para colaborar com o Ramagem”, declarou.

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