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Como o fim do orçamento secreto afetou relações de Lira e Pacheco com Lula

Para cientista político, decisão do STF de considerar emendas de relator inconstitucionais tirou poder do presidente da Câmara, que busca retomar espaço

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 jun 2023, 08h06

Como mostra reportagem de VEJA desta semana, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), têm perfis de atuação política notoriamente muito distintos, que influenciam o modo como ambos se relacionam com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lira não raro é descrito por aliados e adversários como um “trator”, enquanto Pacheco é adepto da “política à mineira” e os seus preceitos de conciliação e discrição.

Além dos perfis diferentes de seus mandachuvas, há outros motivos pelos quais o governo vê um terreno mais hostil na Câmara, incluindo constantes petardos de Lira contra a articulação política do Palácio do Planalto, e mais ameno no Senado, tendo Pacheco como um aliado estratégico. Para o cientista político Carlos Pereira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), as emendas de relator, conhecidas como “orçamento secreto”, e sua extinção pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2022, ocupam papel central nessa equação.

Para Pereira, o orçamento secreto tinha muito mais impacto como instrumento de poder de Arthur Lira em relação aos deputados do que de Rodrigo Pacheco em relação aos senadores. A avaliação considera que as emendas são muito mais valiosas à sobrevivência política de deputados, por nutrirem bases paroquiais decisivas no sistema eleitoral proporcional, do que à de senadores, sujeitos a eleições majoritárias, nas quais outro tipo de recurso faz mais diferença, como os fundos partidário e eleitoral.

Diante da decisão do STF que considerou inconstitucional as emendas de relator, segundo o cientista político, Lira perdeu espaço e trabalha para retomá-lo de algum modo. “Existe um movimento claro do presidente da Câmara de resgatar o poder perdido, o que não ocorre no Senado, onde os recursos do orçamento secreto foram usados com mais moderação”, diz Carlos Pereira. “Pacheco ficou menos vulnerável com a decisão do Supremo, daí porque ele não tem tanta necessidade de resgatar um poder que perdeu, como Lira. Não é pessoal, é a regra do jogo”, conclui.

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