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Como o agro bolsonarista é visto no entorno do ministro da Agricultura

‘Locomotiva do PIB’, setor se transformou em bastião eleitoral do ex-presidente, que teve vitórias expressivas em regiões onde o agronegócio é forte

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 Maio 2023, 18h18
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  • Ligado ao agronegócio – é ex-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso –, o atual ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, se viu diante de uma situação constrangedora na última semana. Ele recebeu uma ligação do presidente da Agrishow, Francisco Maturro, na qual foi comunicado de que o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), pretendia comparecer à tradicional abertura da feira, em Ribeirão Preto (SP), levando a tiracolo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Fávaro se sentiu desconvidado e não foi à Agrishow, ao contrário de Bolsonaro, que, apesar do cancelamento da abertura, viajou à cidade do interior paulista.

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    As imagens do ex-presidente cercado por apoiadores, do alto de uma máquina agrícola, evocam o fato de que o agro se tornou um importante bastião eleitoral do bolsonarismo no país. Como mostra reportagem de VEJA desta semana, entre as dez cidades mais ricas do setor, Bolsonaro teve vitórias confortáveis sobre Lula em oito – e também perdeu por muito em duas delas, na Bahia (veja quadro abaixo).

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    No entorno do ministro da Agricultura, no entanto, o episódio da Agrishow é visto como página virada, sem maiores desdobramentos. O bolsonarismo dos produtores, além do mais, também não tem sido visto como empecilho às conversas. “O agricultor não é politizado a ponto de atrapalhar o negócio dele. Essa poeira vai se desmanchar e as coisas voltarão ao normal. Principalmente porque vamos dar atenção especial ao crédito rural, que estava abandonado”, disse a VEJA Carlos Ernesto Augustin, conhecido como Teti, assessor especial do ministro da Agricultura e um dos maiores produtores de sementes de soja do país.

    O assessor do ministro cita como exemplo de diálogo fluido as recentes reuniões de Fávaro com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, que apoiou Bolsonaro em 2022, além de um encontro de mais de três horas com 35 entidades do setor que pediram audiência com Carlos Fávaro.

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    Mesmo entre aliados políticos do ex-presidente que têm forte interlocução no setor, o pragmatismo é visto como inevitável. “O governo sabe que o agro apoiou o presidente Bolsonaro, mas tivemos eleições e a vida segue. Claro que os produtores continuam com certa resistência, por causa das invasões”, diz a senadora Tereza Cristina (PP-MS), ministra da Agricultura do governo Bolsonaro.

    artes campo minado

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