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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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‘Cobrem dos governadores’, diz Bolsonaro sobre novo auxílio emergencial

Presidente diz que governos estaduais também podem se endividar para dar o benefício e que não foi ele quem ‘fechou o comércio e acabou com o seu emprego’

Por Da Redação Atualizado em 4 mar 2021, 16h59 - Publicado em 12 fev 2021, 14h13

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira, 12, a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, que a população deveria cobrar dos governadores um novo auxílio emergencial, benefício criado para ajudar os mais vulneráveis durante a pandemia e que deixou de ser pago em dezembro. O governo federal e a Câmara discutem a criação de um novo benefício provisório.

“Quando termina o (auxílio emergencial), dão porrada em mim. Cobrem de quem te determinou ficar em casa, fechou o comércio e acabou com o seu emprego. Cobrem dos governadores”, afirmou.

“Quando termina o (auxílio emergencial), dão porrada em mim. Cobrem de quem te determinou ficar em casa, fechou o comércio e acabou com o seu emprego. Cobrem dos governadores”

Segundo ele, o benefício provisório tem um custo alto. “Os governadores podem dar o auxílio emergencial para vocês, eles podem se endividar também, porque o governo está se endividando. Agora até quando vai durar isso aí? São 68 milhões de pessoas, meu Deus do céu! Quando eram 600 reais mensais, eram quase 50 bilhões de reais por mês em endividamento. Quem vai pagar essas contas são vocês”, afirmou.

Bolsonaro ainda lembrou que a extensão desse benefício pode impactar as contas públicas e provocar pressão inflacionária. “A gente tem dificuldade, sei que tem. Lamento? Lamento. Tenho pena? Tenho pena. Mas se nós nos desajustarmos fiscalmente, vem a inflação galopante”, disse.

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Pressão

O governo vem sendo bastante pressionado por aliados no Congresso para aprovar um novo benefício. Na quinta-feira 11, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), principal líder do Centrão, bloco que apoia Bolsonaro, cobrou rapidez na questão. “Todas as últimas reuniões foram para tratar da tramitação das matérias que subsidiarão o crescimento do país e facilitar a entrega do auxílio. Agora, o governo tem que encontrar rapidamente uma alternativa, uma solução imediata para o auxílio”, declarou.

“A gente tem dificuldade, sei que tem. Lamento? Lamento. Tenho pena? Tenho pena. Mas se nós nos desajustarmos fiscalmente, vem a inflação galopante”

Na mesma quinta-feira, Lira esteve reunido com líderes partidários e definiram 250 reais por quatro meses, segundo o Radar Econômico. O custo do benefício ficaria próximo a 14 bilhões de reais por mês se mantidos os parâmetros do programa do último trimestre de 2020.

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