Campanha de Marçal estuda presença no ato de 7 de setembro com Bolsonaro
Discussão sobre ida a Avenida Paulista no Dia da Independência está na pauta da equipe do candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo
Candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, ainda não decidiu se vai ao ato de 7 de setembro, organizado por Silas Malafaia, na Avenida Paulista. A manifestação no Dia da Independência terá a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a principal pauta será de ataques ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
“Não decidimos isso ainda. Isso está na nossa pauta, mas a gente não decidiu se ele vai. É um movimento do ex-presidente Jair Bolsonaro, onde provavelmente vai ser um palanque político do (atual prefeito Ricardo) Nunes”, afirmou a VEJA o coordenador-geral da campanha de Marçal, Tassio Renam. “A ideia seria não subir em palanque, mas entrar no meio do povo e ver se vai resultar em apoio”, acrescentou.
No trio elétrico, Marçal não será bem-vindo. Malafaia deixou claro e público que não gostou de uma insinuação do coach na internet. Em uma teoria aloprada que divulgou nas redes sociais, o candidato do PRTB considerou que as acusações contra Moraes, indicado por Michel Temer (MDB), seriam um pretexto para provocar o impeachment do ministro e permitir ao presidente Lula (PT) indicar mais um ministro para o Supremo. Além disso, a família Bolsonaro subiu o tom contra Marçal. Eduardo tem demonstrado publicamente o apoio à reeleição de Ricardo Nunes (MDB) e Carlos, surpreendentemente, disse que apoiará Marina Helena (Novo) – ela já confirmou presença no ato “não como candidata, mas como cidadã”.
“Se o evento é do Nunes, o Bolsonaro não está apoiando ele? Como é que eu vou subir com ele lá? Não faz sentido, o Bolsonaro está apoiando o Nunes”, disse Marçal a jornalistas, após gravar um podcast na quarta, 21.
A pesquisa Datafolha divulgada na última quarta-feira mostra que 44% dos eleitores de Bolsonaro apoiam Marçal, enquanto 30% devem votar em Nunes. O levantamento ouviu 1.204 entrevistados entre os dias 20 e 21 de agosto e tem margem de erro de três pontos percentuais.