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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Braga Netto reage à inelegibilidade até 2030 e promete provar inocência

Cotado do PL para a Prefeitura do Rio, general foi condenado por abuso de poder político no governo Bolsonaro

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 20h21 - Publicado em 1 nov 2023, 15h00

O general Walter Braga Netto se manifestou nesta quarta-feira, 1º, sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível até 2030. A Corte também determinou o pagamento de multa por uso eleitoral das comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil, em 7 de setembro do ano passado.

Em publicação nas redes, o ex-candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022 elogiou o ex-presidente, rechaçou a condenação e afirmou que provará sua inocência.

“Foi uma honra e um privilégio ter participado do governo Jair Bolsonaro, como ministro e ter sido escolhido para ser candidato a vice-presidente. Bolsonaro resgatou o patriotismo do brasileiro e os valores da família”, diz trecho das postagens.  “Uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral nos julgou inelegíveis por 8 anos, com aplicação de multas. Eu discordo da decisão e iremos utilizar, como sempre fizemos, de todos os meios judiciais e democráticos para provar e comprovar a lisura de nossas ações”.

https://x.com/BragaNetto_gen/status/1719747660591038683?s=20

Atualmente, Braga Netto ocupa o cargo de secretário nacional de Relações Institucionais do PL e tem se dedicado a articular as candidaturas de prefeitos e vereadores da legenda em 2024 — ampliar o número de mandatários é uma das grandes ambições da sigla de Valdemar Costa Neto para o próximo ano.

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A decisão do TSE, ao mesmo tempo, esbarra em planos pessoais do general e pode deflagrar uma disputa partidária interna. Braga Netto era um dos cotados para a corrida à Prefeitura do Rio de Janeiro e, com a inelegibilidade até 2030, aumentaram as movimentações para a definição de quem será o nome a capitanear a empreitada. Ao Radar, o senador Carlos Portinho (PL-RJ) — também pré-candidato — defendeu nesta quarta-feira, 1º, que o PL deve bater o martelo sobre o candidato “o quanto antes” e, se possível até o fim de novembro.

Após o julgamento desta terça, o nome do deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin do governo Bolsonaro, ganhou força nas redes sociais entre bolsonaristas — sendo defendido publicamente pelo ex-chefe da Secom Fabio Wajngarten, por exemplo.

Condenação

O TSE condenou na última terça-feira, 31, Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto à inelegibilidade até 2030 e pagamento de multa por uso eleitoral das comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil. A chapa era acusada de abuso de poder político, uso indevido dos meios de comunicação e conduta vedada nos eventos.

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O placar ficou em 5 a 2 pela condenação de Bolsonaro e Braga Netto à inelegibilidade. Esta é a segunda condenação do ex-presidente no TSE. Ele já está impedido de concorrer até 2030 por abuso de poder político, após ter espalhado notícias falsas sobre o sistema eleitoral em uma reunião com embaixadores no Planalto — as penas não se somam. No caso de Braga Netto, a condenação foi inédita.

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