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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Bolsonaristas levarão até Haia sua campanha contra supostas ‘perseguições’

Comitiva pretende denunciar o que chamam de violações às liberdades supostamente promovidas pelo Judiciário e governo brasileiros

Por Valmar Hupsel Filho Atualizado em 11 abr 2024, 17h17 - Publicado em 11 abr 2024, 17h16

Deputados bolsonaristas desembarcam nesta sexta-feira, 12, em Haia, na Holanda, para dar seguimento à campanha que estão fazendo no exterior para denunciar supostas violações às liberdades individuais que teriam sido cometidas pelo Judiciário e pelo governo brasileiros contra adversários políticos e replicar as denúncias sem provas de ilegitimidade da disputa presidencial que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva. A comitiva liderada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não deverá, no entanto, apresentar denúncia ao Tribunal Penal Internacional, cuja sede é na cidade holandesa.

O grupo que seguiu para Haia é formado pelos deputados Gustavo Gayer (PL-GO), Bia Kicis (PL-DF), Marcos Pollon  (PL-MS) e Julia Zanatta (PL-SP), além de Eduardo Bolsonaro. A ideia, de acordo com um interlocutor, é conversar com autoridades, apontar supostas violações do ministro Alexandre de Moraes em relação a presos pelos ataques às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro em Brasília e organizar informações para futuramente protocolar uma reclamação formal ao tribunal.

No início da semana, a comitiva esteve no Parlamento europeu, em Bruxelas, na Bélgica. Reuniram-se com parlamentares de partidos de direita de países membros, como Portugal, Espanha, Hungria, Itália, Grécia, Croácia e França, e participaram de uma sessão do parlamento.  Ao discursar, Eduardo Bolsonaro citou as condenações a penas de mais de quinze anos de prisão de participantes dos atos de 8 de janeiro para exemplificar o que chamou de perseguição. O parlamentar brasileiro não citou, no entanto, que os condenados foram presos sob acusação de golpe de estado e abolição violenta do estado democrático de direito, entre outros crimes.

Toda a movimentação no exterior é registrada pelos próprios parlamentares nas redes sociais. Nas publicações feitas nesta semana, os deputados têm marcado e feito referências ao empresário Elon Musk, dono da plataforma X, que iniciou uma campanha com críticas dirigidas ao ministro Alexandre de Moraes e ao presidente Lula.

“Entendemos que, a exemplo do que a esquerda fez durante o governo Bolsonaro, é papel dos parlamentares, sobretudo do PL, fazer esse enfrentamento porque no país a gente não consegue ser ouvido, e para que essa discussão seja feita de fora para dentro”, afirmou o deputado Ricardo Salles (PL-SP), que esteve na comitiva de Bruxelas. “Durante a gestão passada, a esquerda estava, dia sim dia não, no exterior denunciando o governo Bolsonaro. Estamos usando as mesmas armas que eles”, disse.

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Estados Unidos

Esta é a segunda excursão ao exterior que parlamentares bolsonaristas fazem com o mesmo objetivo. No início de março, um grupo de deputados e senadores esteve nos Estados Unidos. Eles tentaram promover uma audiência no Capitólio, sede do Congresso americano, mas foram barrados por um deputado do partido Democrata.

Com o veto, a comitiva brasileira decidiu então fazer um pronunciamento na parte externa do prédio. “Sempre alertei em meus discursos no Congresso (brasileiro) sobre os perigos de meu país se tornar uma Cuba ou Venezuela, com seus campos de concentração”, afirmou Eduardo Bolsonaro. “Meu pai agora é perseguido e difamado das mais variadas formas, e como em qualquer tirania, o limite do ridículo não existe mais.”

A iniciativa dos bolsonaristas em chamar a atenção da direita mundial para o que chamam de perseguição política e estado de exceção coincide com o cerco que vem sendo fechado em torno do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seus principais assessores em investigações que apuram a participação deles numa trama para anular o resultado das últimas eleições presidenciais e dar um golpe de estado no país.

 

 

 

 

 

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