Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Bluesky, a rede que já recebeu Lula e virou refúgio de indignados com o X

Nova plataforma social supera 100 mil usuários do Brasil desde domingo e já abriga a conta oficial do presidente da República

Por Bruno Caniato Atualizado em 9 Maio 2024, 12h23 - Publicado em 12 abr 2024, 15h13
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Em meio à crescente escalada de tensões entre o poder público e o X (ex-Twitter) no país, usuários brasileiros da antiga rede do passarinho já começaram a migrar para outros ambientes virtuais em busca de distanciamento da plataforma controlada pelo bilionário sul-africano Elon Musk. Na última semana, uma das mais jovens redes sociais do planeta despontou como uma espécie de refúgio nacional: o Bluesky.

    Segundo informações da plataforma, o Bluesky recebeu mais de 100 mil novos usuários do Brasil — praticamente toda a comunidade brasileira da rede — desde o último domingo, 7, quando ocorreu o estopim da crise entre Musk e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após o dono do X fazer críticas ao comportamento do Judiciário brasileiro.

    Na última quinta-feira, 11, um novo episódio colocou o Bluesky ainda mais no centro dos holofotes nacionais: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou uma conta na plataforma. O perfil já acumula mais de 8.600 seguidores e a autenticidade foi confirmada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) a VEJA. A própria fundadora da rede, a engenheira americana Jay Graber, compartilhou a primeira publicação do petista na nova fronteira digital.

    A CEO e fundadora do Bluesky, Jay Graber, compartilha a primeira publicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na rede social
    A CEO e fundadora do Bluesky, Jay Graber, compartilha a primeira publicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na rede social (Jay Graber/Bluesky/Reprodução)

    O que é o Bluesky

    O site fundado por Graber estreou oficialmente em fevereiro de 2023. A princípio, era necessário um convite compartilhado por outros usuários para participar da rede social — nos moldes do extinto Orkut, nos primórdios da internet no Brasil –, mas a restrição foi derrubada em fevereiro e agora qualquer internauta já pode criar livremente uma conta na plataforma.

    Continua após a publicidade

    À primeira vista, o Bluesky se assemelha bastante ao X. A rede é baseada em publicações de até 300 caracteres enviados por usuários e visíveis imediatamente na linha do tempo (também chamada de “feed”) de seus seguidores. Assim como na rede de Musk, é possível compartilhar posts de outros perfis — no entanto, a plataforma ainda não oferece suporte a vídeos ou GIFs.

    Em relação à miríade de outras redes sociais que permeiam a internet, o Bluesky apresenta três grandes diferenciais. Um deles é a liberdade de criação de feeds personalizados e públicos por qualquer usuário, incluindo listas de publicações temáticas de ciência, política, ativismo social, arte e conteúdo adulto. A função não é exclusiva da plataforma mas, ao contrário de outros aplicativos, faz parte da estrutura central de interações do site.

    Outra particularidade é a autonomia para que os internautas hospedem a rede em seus próprios servidores, efetivamente “rodando” suas próprias instâncias da plataforma. Esta tendência, conhecida no mundo da tecnologia como “federação”, exige um considerável conhecimento técnico em ambientes como o Mastodon, mas funciona de forma relativamente simplificada no Bluesky.

    Algoritmos

    Por fim, o Bluesky destoa das concorrentes por não adotar algoritmos de recomendação de conteúdo ou publicidade. Até o momento, não existe a possibilidade de anunciar na plataforma, e os usuários recebem em seus feeds exclusivamente aquilo que desejam ver. Esta característica costuma levantar dúvidas sobre a sustentabilidade financeira da rede — Graber e os executivos do Bluesky já anteciparam que haverá “alguma forma de anúncios” no futuro, mas o modelo de negócios do aplicativo ainda é nebuloso para a comunidade de usuários.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.