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Bloqueio do X: crise entre Musk e Moraes repercute na mídia internacional

'Vigilante do Brasil', 'rixa com a Justiça' e 'teste para o bilionário': como o mundo encara a suspensão da rede social no país

Por Bruno Caniato 31 ago 2024, 11h12
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  • Elon Musk e Alexandre de Moraes -
    Elon Musk e Alexandre de Moraes - (./Reprodução)

    Menos de 24 horas após o início do bloqueio do X (ex-Twitter) no Brasil, a crise entre a rede social e a Justiça já é destaque no noticíario internacional. Desde a última sexta-feira, 31, a suspensão do acesso à plataforma ocupa as manchetes dos principais veículos de imprensa do mundo e traz atenção global às tensões entre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o bilionário Elon Musk.

    O jornal norte-americano The New York Times relata o bloqueio como “uma batalha entre Musk e um juiz brasileiro sobre o que pode ser dito online”. Segundo o períodico, as tensões representam um “teste” para o bilionário em sua missão de “transformar a rede em uma praça digital onde vale tudo”.

    Washington Post, também dos Estados Unidos, classifica a crise como “uma escalada na contenda que se estende há meses” entre Musk e Moraes em relação a “liberdade de expressão, perfis de extrema direita e desinformação”. O jornal inclui a citação a um trecho da decisão judicial de Moraes: “Elon Musk mostrou total desrespeito pela soberania brasileira, colocando a si mesmo como uma entidade supranacional imune às leis”, escreveu o ministro.

    ‘Vigilante brasileiro’

    Na Reuters, maior agência global de notícias, o ministro Alexandre de Moraes é mencionado como “vigilante brasileiro”. Segundo a reportagem, “Musk alega que Moraes tenta impor censura injustificada, enquanto o juiz insiste que as redes sociais precisam de regulamentação sobre discurso de ódio” — o texto acrescenta que o bloqueio pode agravar a crise financeira do X, que já sofre com a queda de receita publicitária na plataforma.

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    Portais de veículos de televisão mundiais, como CNN (EUA), BBC (Reino Unido) e Al-Jazeera (Qatar), dão destaque à desinformação como questão central da queda de braço entre o X e o STF. O jornal britânico The Guardian, por sua vez, publicou uma extensa reportagem que menciona o inquérito das milícias digitais relatado por Moraes, as investigações sobre tentativa de golpe de Estado que rondam o ex-presidente Jair Bolsonaro e as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao bilionário sul-africano.

    Rede já está inacessível para usuários

    Desde a madrugada deste sábado, um número crescente de usuários do X relatam que já estão sem acesso à plataforma. Já na noite de ontem, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) começou a notificar as prestadoras de internet para que bloqueiem o endereço da rede social para os clientes.

    Atualmente, mais de 20 mil provedores de internet operam em todo o território nacional. A expectativa é que o site esteja completamente inacessível no país a partir da noite do próximo domingo, 1º.

    Motivada pela falta de representantes legais do X no Brasil, a ordem de bloqueio, inicialmente, extendia a proibição do acesso à rede também através de VPNs (Redes Virtuais Privadas, em inglês), servidores privados internacionais que podem burlar restrições à internet. No entanto, após repercussão fortemente negativa, Moraes emitiu uma nova medida suspendendo a proibição do uso destes provedores.

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