Bia Kicis volta a mentir, agora na tribuna da Câmara
Investigada no inquérito das fake news, deputada bolsonarista espalhou mais uma informação falsa, desta vez na tribuna da Câmara
A deputada federal bolsonarista Bia Kicis (PL-DF) subiu à tribuna da Câmara na noite de segunda-feira, 9, para fazer aquilo de que mais tem sido acusada desde que se elegeu deputada federal pela primeira vez em 2018: espalhar uma mentira. A parlamentar afirmou que uma idosa havia morrido enquanto estava sob custódia da Polícia Federal, por suspeita de envolvimento nos atos terroristas em Brasília. A corporação, no entanto, já informou que é falsa a notícia.
Na tribuna, Kicis disse que a informação havia sido confirmada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “O presidente da OAB/DF me alerta que a confirmação não partiu da OAB. Peço desculpas pelo equívoco”, escreveu depois no Twitter. Depois, ela se corrigiu novamente e afirmou que a notícia foi espalhada pela desconhecida Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil.
Hoje da Tribuna,informei que recebi a notícia do falecimento de uma idosa sob custódia da PF mas que não havia confirmação do fato.Posteriormente anunciei a confirmação pela OAB.O Presidente da OAB/DF me alerta que a confirmação não partiu da OAB. Peço desculpas pelo equívoco.
— Bia Kicis (@Biakicis) January 10, 2023
A notícia falsa sobre a morte de uma idosa circulou em grupos bolsonaristas durante toda a segunda-feira, usando a fotografia de uma senhora, retirada de um banco de imagens.
A Polícia Federal informa que é falsa a informação de que uma mulher idosa teria morrido na data de hoje (9/1) nas dependências da Academia Nacional de Polícia.
— Polícia Federal (@policiafederal) January 10, 2023
Bia Kicis publica desinformação nas redes sociais frequentemente. Ela é um dos alvos do inquérito das fake news, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). A deputada já chegou a ter o canal bloqueado no YouTube por ter publicado um vídeo com desinformação sobre a vacinação infantil contra a Covid-19, foi proibida de fazer lives no Instagram e condenada a pagar 41,8 mil reais ao ex-deputado Jean Wyllys por associá-lo falsamente a Adélio Bispo, autor da facada no ex-presidente Jair Bolsonaro.