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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Benedita da Silva é a última ex-governadora viva do RJ que não foi presa

Além dela, que governou de 2002 a 2003, só Nilo Batista (1994-1995), entre os vivos, não foi à prisão; Anthony e Rosinha Garotinho voltaram para a cadeia

Por Da Redação Atualizado em 3 set 2019, 18h02 - Publicado em 21 mar 2019, 18h38

A petista Benedita da Silva, que assumiu o governo do Rio de Janeiro entre abril de 2002 e janeiro de 2003, após a saída do titular Anthony Garotinho (PDT) para disputar a eleição presidencial, é a última governadora fluminense viva que não foi parar atrás das grades.

Desde a redemocratização, no início dos anos 1980, só um outro ex-governador, Nilo Batista, que substituiu Leonel Brizola entre abril de 1994 e janeiro de 1995, após o pedetista também sair candidato à Presidência, está vivo e nunca foi preso.

Francisco Dornelles completou, de novembro a dezembro de 2018, a gestão de Luiz Fernando Pezão depois que este foi preso pela Operação Lava Jato, mas o fez na condição de interino, já que Pezão continuou sendo governador, embora preso – Benedita e Nilo Batista efetivamente assumiram o cargo com a renúncia dos titulares. Marcello Alencar, que governou o estado entre 1995 e 1999, também não foi preso nenhuma vez – ele morreu em 2014.

Nesta terça-feira, 03, os ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho foram presos em uma operação do Ministério Público estadual. O casal e outras três pessoas são suspeitos de fraudes em contratos da prefeitura de Campos dos Goytacazes com a empreiteira Odebrecht. A denúncia foi baseada em suspeitas de superfaturamento na construção casas populares em dois programas habitacionais do município, em licitações que superam o valor de 1 bilhão de reais, durante os dois mandatos de Rosinha na cidade do norte fluminense, entre 2009 e 2016. Segundo o MP-RJ, o prejuízo aos cofres públicos é de 62 milhões de reais.

Esta é a quarta vez que Anthony Garotinho é preso e, Rosinha, a segunda. Também juntos, os dois tinham ido para a cadeia pela última vez em novembro de 2017, em investigação que apurava crimes eleitorais em um desdobramento da Operação Chequinho, que trata de fraudes com fins eleitorais no programa Cheque Cidadão por Garotinho. As outras duas prisões de Anthony, em setembro de 2017 e novembro de 2016, também se deram em razão de suspeitas de irregularidades no programa.

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Também estão na prisão os ex-governadores Sérgio Cabral (2007 a 2014) e Luiz Fernando Pezão (2014 a 2019), ambos do MDB e condenados em processos relacionados à Operação Lava Jato.

Moreira Franco (MDB), que governou o Rio entre março de 1987 e março de 1991, foi outro a ir para a cadeia. Ele passou quatro noites preso após ser um dos alvos da Operação Descontaminação, que também levou para a prisão o ex-presidente Michel Temer (MDB). A decisão foi tomada no âmbito de uma investigação que apurava um esquema de corrupção na estatal Eletronuclear.

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