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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Bahia: após PT insistir em candidato, aliados pregam união contra ACM Neto

Decisão de Jaques Wagner de não disputar o governo muda negociação para saber quem será o cabeça de chapa na coalizão que comanda o estado há dezesseis anos

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 mar 2022, 13h07 - Publicado em 1 mar 2022, 13h05

Depois de o senador Jaques Wagner (PT) retirar oficialmente nesta segunda-feira, 28, a sua pré-candidatura ao governo da Bahia e o PT baiano insistir em ocupar a cabeça de chapa, políticos de PP e PSD, os dois principais partidos aliados do governador Rui Costa (PT), afirmam que a prioridade do grupo é se manter unido para a disputa de outubro contra o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil). Herdeiro político do senador Antônio Carlos Magalhães (1927-2007), Neto lidera as pesquisas de intenção de voto e será o mais duro desafiante à hegemonia petista na Bahia desde que o partido assumiu o poder, em 2007.

Até o PT baiano se colocar de modo direto como postulante a manter a candidatura a governador após a desistência de Wagner, o nome do senador Otto Alencar (PSD) vinha sendo apontado entre parte dos petistas no estado, sobretudo os ligados a Costa, como o possível candidato governista, em uma composição de chapa que incluiria o governador como candidato ao Senado. Neste caso, com a necessidade de Rui Costa renunciar em abril, o atual vice-governador, João Leão, do PP, completaria o mandato.

O movimento petista desta segunda-feira, 28, contudo, levará os aliados à mesa de negociações, uma vez que não seria possível ao PT ocupar duas vagas na chapa majoritária, a de governador e a de senador, sem quebrar a aliança. Além do governo estadual, a tríade composta por PT, PSD e PP ocupa as três cadeiras da Bahia no Senado, com Jaques Wagner, Otto Alencar e Ângelo Coronel (PSD).

“Somos um grupo unido, falamos a mesma língua. A decisão está se conversando, não tem absolutamente nada resolvido ainda. Essas coisas de candidatura são decididas na última hora, vamos chegar a um consenso. Da outra vez eu queria ser candidato a governador, terminei como vice”, disse a VEJA João Leão, que além de vice-governador é presidente do PP na Bahia. Ele nega haver um alinhamento para que ele assuma o Palácio de Ondina em abril. “Não tem nada, estamos dialogando, mas pode ter certeza de que ficaremos unidos”, completa.

Pelos lados do PSD, Otto Alencar diz a aliados que mantém a pré-candidatura à reeleição ao Senado, mas não descarta ser candidato à sucessão estadual caso os aliados concordem com a escolha. “Trabalhamos para manter a base unida. Otto é pré-candidato ao Senado, mas se tiver uma união na base e ele for convocado, poderá assumir a candidatura de governador”, diz o senador Ângelo Coronel.

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Parlamentares aliados de Alencar ouvidos reservadamente dizem não ver densidade eleitoral para uma disputa estadual nos nomes cogitados pelo PT para substituir Wagner, como a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, e o secretário de Relações Institucionais da Bahia, Luiz Caetano.

Lula

Um dos entusiastas de uma aliança com Otto Alencar na Bahia é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que busca acenar mais ostensivamente ao PSD, numa tentativa de atrair o partido do ex-ministro Gilberto Kassab à sua candidatura presidencial já no primeiro turno. Aliados de Alencar veem em Lula o fator a aparar arestas com os petistas baianos, mas não enxergam vinculação entre as costuras na Bahia e as articulações nacionais.

Apesar dos esforços do ex-presidente, Kassab repete desde o início de 2021 que lançará candidato próprio ao Palácio do Planalto, uma forma de manter neutralidade e evitar debandada interna diante da existência de grupos mais à esquerda e mais à direita em suas fileiras. Além disso, a estratégia permitiria atingir um dos objetivos da sigla em 2022: aumentar a bancada na Câmara para fortalecer a sigla junto ao governo que assumirá em 2023, seja ele qual for, e abocanhar gordas fatias dos fundos eleitoral, partidário e do tempo de propaganda na televisão.

O cacique do PSD defende a candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), que parece não se empolgar com a ideia. Derrotado por João Doria nas prévias do PSDB, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, tem convite para se filiar ao PSD e ser o candidato.

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