Preso há um ano sob a acusação de pertencer a uma organização criminosa digital que ataca magistrados e instituições, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, candidato a presidente pelo PTB, está desde janeiro em detenção domiciliar, na cidade fluminense de Comendador Levy Gasparian. Desde então, foram várias as oportunidades em que o delator do mensalão do PT infringiu as medidas restritivas impostas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, como proibição de comunicação com o mundo exterior e utilização de tornozeleira eletrônica.
Na última segunda-feira, 8, após o político enviar áudios a integrantes do seu partido no Rio Grande do Sul, Moraes determinou um prazo de cinco dias para a Polícia Federal periciar o material. O ministro do Supremo também quer saber por que, em 28 de julho, Jefferson ficou 24 horas sem a tornozeleira.
Em 1° de agosto, em um vídeo exibido na convenção do PTB, Roberto Jefferson se lançou postulante ao Planalto, em outra infração.
Em resposta, a defesa do ex-deputado afirma que não compete mais a Alexandre de Moraes determinar a execução da prisão temporária do acusado, pois, em junho, o próprio STF determinou a remessa dos autos para a Justiça Federal do Distrito Federal. Até o momento, no entanto, a ação permanece sob escrutínio do magistrado do Supremo.
Reportagem de VEJA desta semana mostra como o ex-deputado pretende fazer a sua campanha a presidente mesmo com as restrições impostas pela Justiça e como a sua postulação irritou o presidente Jair Bolsonaro (PL) — leia a matéria completa aqui.