As capitais com as disputas mais acirradas na reta final da eleição
Três dos maiores colégios eleitorais do país, São Paulo, Belo Horizonte e Fortaleza têm indefinição sobre quem irá ao segundo turno
Na semana que antecede a votação para prefeito em 26 capitais brasileiras, um grande número de pesquisas foi divulgado por vários institutos tentando entender para onde pensa em ir o eleitor no próximo domingo, dia 6, quando ocorre o primeiro turno.
Alguns favoritos despontam nas capitais, como João Campos, do PSB (Recife); Bruno Reis, do União Brasil); e João Henrique Caldas, do PL (Maceió), todos com percentuais de intenção de voto acima de 70%. Há ainda o caso de Antônio Furlan (MDB), o prefeito de Macapá, que chegou a 86% no último levantamento feito pela Quaest, em setembro.
Mas há outras capitais onde há muita indefinição sobre quem irá ao segundo turno, porque há ao menos três candidatos em condições muito competitivas. O maior exemplo de incerteza é Belo Horizonte, terceiro maior colégio eleitoral do país, onde três candidatos empatam com 21%: o prefeito Fuad Noman (PSD) e os deputados estaduais Mauro Tramonte (Republicanos) e Bruno Engler (PL).
No primeiro colégio eleitoral do país, São Paulo, a situação não é muito diferente. A última pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira, 3, mostra o deputado Guilherme Boulos (PSOL), com 26%, seguido pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) e pelo empresário Pablo Marçal (PRTB), ambos com 24% — todos estão empatados na margem de erro de dois pontos percentuais.
Outro bom exemplo é Fortaleza, a maior cidade do Nordeste e a quarta maior do país, onde quatro candidatos disputam duas vagas no segundo turno. Segundo a Quaest, André Fernandes (PL) tem 25% e está empatado com o deputado estadual Evandro Leitão (PT), que tem 23% — a margem de erro é três pontos percentuais. Na sequência, muito próximos, estão o ex-deputado Capitão Wagner (União) e o prefeito José Sarto (PDT), ambos com 18%.
Briga pelo segundo lugar
Há outras capitais onde até há um líder isolado, mas a briga pela outra vaga no segundo turno. São os casos de Curitiba, Manaus e Cuiabá, por exemplo, onde não é possível cravar quem irá para a etapa final de votação, embora ela seja quase certa.
Há uma capital onde está certo quem seriam os candidatos em um segundo turno, mas ele pode não acontecer porque qualquer um dos dois pode vencer no primeiro. Em Teresina, Silvio Mendes (União) tem 44%, segundo a Quaest, contra 40% de Fabio Novo (PT) e ambos estão empatados na margem de erro de três pontos percentuais. Qualquer um deles pode chegar a 51% dos votos válidos porque os outros sete candidatos somam apenas 5% dos votos.