Têm fluído as conversas entre o PDT de Ciro Gomes com o PSD e o DEM para a eleição presidencial de 2022. A percepção é a de que um vice de um desses dois partidos daria musculatura ao ex-governador do Ceará entre o eleitorado mais conservador.
No PSD, um dos nomes seria o do senador Antonio Anastasia. Ex-governador de Minas Gerais, ele seria um apoio importante no segundo maior colégio eleitoral do país. O prefeito reeleito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que é do PSD, é apoiador declarado de Ciro Gomes. Uma aliança nacional entre os partidos também poderia refletir em Minas, onde Kalil é cotado para concorrer ao governo do estado em 2022. Outro nome para a chapa de Ciro seria o próprio presidente do PSD, Gilberto Kassab.
Já com relação ao DEM, o rebuliço interno — com a divisão entre o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia e o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, que preside a sigla — deixou o cenário ficou mais turvo. Mas o nome do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta continua na roda. Os dois partidos se aproximaram mais durante as eleições do ano passado. O indicado de ACM Neto à prefeitura de Salvador, Bruno Reis, foi eleito com o PDT na vaga de vice.
Nas conversas do PDT e de outros partidos, um assunto é pauta certa: qual será a decisão do apresentador Luciano Huck, que deve dar uma resposta até março se vai ou não ser candidato ao Palácio do Planalto em 2022.