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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Após 43 mortes, Tarcísio anuncia R$ 70 mi para a polícia no litoral de SP

Letalidade registrada desde o início do ano na Baixada Santista levou entidades de direitos humanos a denunciar o governo paulista à ONU

Por Adriana Ferraz Atualizado em 9 Maio 2024, 11h25 - Publicado em 12 mar 2024, 11h47

Três dias após dizer que não está “nem aí” com as críticas em relação ao elevado número de mortes em operações policiais realizadas na Baixada Santista neste ano — foram 43 desde janeiro –, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) autorizou um investimento de 70 milhões de reais em segurança na região. De acordo com o secretário de estado da Segurança Pública, Guilherme Derrite, a verba será usada para reformar unidades policiais, como batalhões e delegacias, e comprar equipamentos e viaturas. 

“Aqui é a situação mais desafiadora que temos. O combate ao crime organizado, por conta da cadeia logística que envolve o tráfico internacional de drogas, acabou no reforço do policiamento com maior ênfase aqui na região. E isso está permeando as decisões estratégicas e institucionais da SSP”, explicou o secretário. “Enquanto houver crime organizado atuando na Baixada Santista, haverá força policial proporcional para combater a criminalidade”, afirmou Derrite, que, assim como Tarcísio, nega excessos nas ações apesar dos números.

Somente nesta segunda, 11, três pessoas morreram em supostos confrontos com a polícia em São Vicente. A pasta afirma que os “criminosos tinham passagem por roubo, associação criminosa, receptação e porte ilegal de arma” e que todas as circunstâncias dos fatos serão investigadas. 

Denúncia à ONU

Na sexta, 8, a ONG Conectas e a Comissão Arns denunciaram o governador ao Conselho de Direitos Humanos da ONU pela escalada da violência policial promovida por sua gestão. Na mesma data, Tarcísio afirmou ter tranquilidade em relação à ação policial. “E aí o pessoal pode ir na ONU, pode ir na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não tô nem aí”, declarou.

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Na semana passada, relatório da Defensoria Pública de São Paulo apresentou uma série de denúncias relativas à Operação Verão, conduzida pela Secretaria de Estado da Segurança Pública na Baixada Santista desde o início do ano. Entre os supostos excessos estão até revistas de crianças e adolescentes nas proximidades de escolas públicas. Com ao menos 40 mortos, a força-tarefa é a segunda mais letal da história da PM paulista, atrás apenas do massacre do Carandiru, em 1992. 

Entre os investimentos previstos estão a destinação de 60 viaturas para a região, dois barcos blindados para a companhia marítima, o término da obra do 21º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I), localizado no Guarujá, e a reforma da sede do Deinter (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior) em Santos.

Infratores monitorados

Durante reunião com cerca de 900 representantes de Conselhos Comunitários de Segurança (Conseg), Derrite ainda anunciou que a Baixada Santista também contará com o monitoramento de infratores soltos em audiências de custódias, medida até então restrita à capital. Para tal, o governo destinará parte das mil tornozeleiras contratadas para os municípios litorâneos e dez viaturas exclusivas para a fiscalização do cumprimento das medidas cautelares. Em caso de descumprimento, os PMs deverão comunicar o Judiciário eletronicamente, que decidirá sobre a manutenção ou não do benefício.

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