ACM Neto abre vantagem para Jaques Wagner e ameaça domínio do PT na Bahia
Ex-prefeito de Salvador tem mais de 30 pontos de vantagem em três cenários sondados pelo instituto Paraná Pesquisas; petismo governa o estado há 15 anos
O ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) lidera com folga os três cenários para a eleição ao governo da Bahia sondados pelo instituto Paraná Pesquisas entre os dias 24 e 28 de novembro – ele tem percentuais que variam de 54,8% a 56,2%, enquanto o seu principal rival, o ex-governador Jaques Wagner (PT) oscila entre 23,1% e 23,5%.
No principal cenário, ACM Neto, que irá para o União Brasil (fusão do DEM com o PSL), tem 54,8% das intenções de voto, seguido por Wagner, com 23,1%. Na sequência, aparecem o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), com 3,9%; e a ex-secretária de Saúde de Porto Seguro Raissa Soares (sem partido), com 2,6%, que estão empatados dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Outros candidatos somam menos de 1%.
Hegemonia petista
Uma eventual vitória de ACM Neto representaria a volta do carlismo ao poder após dezesseis anos. Em 2006, Jaques Wagner derrotou Paulo Souto (PFL), candidato de Antônio Carlos Magalhães, avô de ACM Neto e até então o maior cacique local. Desde então, são quatro mandatos consecutivos com governadores do PT: dois com Wagner e dois com Rui Costa.
O desempenho de Wagner destoa da avaliação que o governo petista tem junto à população. Segundo Paraná Pesquisas, a gestão de Rui Costa é aprovada por 66,5%. Quando questionados sobre como avaliam o governo, 52% dizem ótimo ou bom, enquanto 19,7% o consideram ruim ou péssimo.
Padrinhos
O Paraná Pesquisas testou um cenário no qual os nomes dos três principais candidatos são apresentados ao entrevistado junto com seus potenciais aliados nacionais. Nesse caso, a disputa fica mais embolada: Wagner com o apoio de Lula tem 36,8% das intenções de voto, enquanto ACM Neto com o apoio de Sergio Moro (Podemos) tem 36,6%.
Já o ministro João Roma vai a 13,6% quando é mencionado que seu padrinho é Jair Bolsonaro. O presidente não tem boa avaliação no estado: 57,7% dos entrevistados avaliam o seu governo como ruim ou péssimo.
A pesquisa ouviu 2.002 eleitores em 200 cidades baianas por meio de entrevistas pessoais telefônicas.