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Abandonado, sítio que levou Lula a condenação é avaliado em R$ 1,7 milhão
Avaliador da Justiça Federal vistoriou a propriedade em Atibaia (SP), que está à venda a pedido do dono oficial, o empresário Fernando Bittar
Por João Pedroso de Campos
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Atualizado em 15 ago 2019, 19h43 - Publicado em 15 ago 2019, 18h44
Protagonista da segunda condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato, a 12 anos e 11 meses de prisão, o sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), está abandonado, mas, mesmo assim, vale 1,7 milhão de reais. O valor foi estimado pelo oficial da Justiça Federal que vistoriou a propriedade no final de junho. O sítio de 35.873 metros quadrados está à venda após pedido do dono formal da propriedade, o empresário Fernando Bittar, e aval da Justiça em maio. O dinheiro da negociação será depositado em conta judicial.
No laudo de avaliação do imóvel, o oficial de Justiça Hugo Guerrato Netto notou as “sobejas águas” que regam o sítio, nas montanhas de Atibaia, e a “aprazível cozinha, completa e ampla, com piso branco e móveis novos” que compõe a sede da propriedade – instalada e equipada pela empreiteira OAS a um custo de 170.000 reais, conforme a sentença da juíza Gabriela Hardt.
No entanto, o avaliador observou que “urge anotar que as construções, em sua maior parte, encontram-se em estado de abandono, com vários pontos de infiltração e rachaduras nas paredes, bem como necessitando a restauração na maior parte do madeiramento e troca de pisos em determinados locais pontuais”.
Fotos tiradas pelo avaliador mostram danos em paredes de cômodos e em móveis, sobretudo camas, lixos repletos e também os pedalinhos cujas capas ainda levam os nomes de Pedro e Arthur, netos de Lula. A adega ainda ostenta dezenas de garrafas de bebida.
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“Após consulta em sites e imobiliárias locais, considerando o atual estado das benfeitorias, a par da vista terapêutica da região, avaliamos a propriedade em R$ 1.700.000,00”, concluiu o oficial de Justiça avaliador.
Na ação penal em que foi condenado por Gabriela, Lula foi considerado culpado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no suposto recebimento de 1 milhão de reais em propina das empreiteiras Odebrecht e OAS, além do pecuarista José Carlos Bumlai, por meio de obras de benfeitoria no sítio Santa Bárbara. A propriedade, oficialmente de Bittar, era frequentada pela família Lula da Silva.
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