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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho e Isabella Alonso Panho. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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A dura missão de Lira e Renan Calheiros para emplacar aliados em Maceió

Levantamento Paraná Pesquisas indica pouca tração dos parlamentares contra o prefeito bolsonarista João Henrique Caldas

Por Bruno Caniato 27 jun 2024, 11h37

À medida que as eleições municipais de 2024 se aproximam, o cenário que se desenha em Alagoas vem alimentando uma crescente frustração para dois nomes de peso da política nacional: o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), e o senador Renan Calheiros (MDB).

Os dois caciques alagoanos encontram dificuldades para emplacar aliados em Maceió, onde ambos os rivais têm seu reduto eleitoral — é o que indica um levantamento divulgado nesta quarta-feira, 26, pelo instituto Paraná Pesquisas. Segundo o estudo, apenas 9% do eleitorado da capital apoiaria “com certeza” um candidato indicado por Lira, enquanto um aliado do clã Calheiros nomeado por Renan Filho (MDB), ex-governador e atual ministro dos Transportes, teria 18,7% de votos garantidos.

Já a rejeição local aos parlamentares alagoanos se mostra bastante sólida. A mesma pesquisa aponta que nomes ligados a Lira ou a Renan teriam, respectivamente, 54,7% e 51,6% de rejeição total entre o eleitorado.

Capital nordestina do bolsonarismo

A estratégia recente de Arthur Lira para colocar nomes de sua confiança na capital era indicar um vice-candidato para o aliado João Henrique Caldas (PL), prefeito de Maceió, que tem larga vantagem nas pesquisas eleitorais e caminha rumo à reeleição em 2024. A articulação, porém, vem cambaleando — nas últimas semanas, Caldas tem defendido o senador Rodrigo Cunha (Podemos) como provável companheiro de chapa.

Se Cunha deixar o cargo para se candidatar e, eventualmente, vencer a disputa municipal, quem assume sua cadeira no Senado como suplente é Doutora Eudócia, ex-prefeita de Ibateguara (AL) e mãe do prefeito Caldas. Em 2022, Eudócia acompanhou o filho e migrou do PSB para o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, assumindo a presidência estadual da ala feminina do partido.

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O movimento partidário não ocorreu à toa — nas últimas eleições presidenciais, Maceió despontou como a única capital nordestina onde Bolsonaro recebeu mais votos do que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, derrotando o petista por 57% a 43% nas urnas. Caso os planos de Caldas, Eudócia e Cunha se concretizem, o avanço do bolsonarismo na capital alagoana pode, inclusive, prejudicar os planos de Lira em concorrer ao Senado em 2026.

MDB em baixa

Enquanto o grupo político do prefeito vive tensões internas, a situação não é muito melhor para os aliados de Calheiros em Maceió. O candidato escolhido pelo senador ao Executivo da capital alagoana, o deputado federal Rafael Brito (MDB), aparece em terceiro lugar no levantamento Paraná Pesquisas com apenas 3,8% das intenções de voto.

Atualmente, a esperança da família Calheiros é que o apoio do governador emedebista Paulo Dantas, cuja aprovação vem crescendo e chega a 54,5% no estado, traga algum reforço à candidatura de Brito. A missão, porém, não será fácil, já que 48,7% dos eleitores de Maceió afirmam que “não votariam de jeito nenhum” em um nome endossado pelo chefe do Executivo estadual.

O ex-deputado estadual Davi Davino Filho (PP), aliado de Lira que pode vir a disputar a prefeitura de Maceió, fica em segundo lugar na pesquisa, com 11,8% dos votos, em larga desvantagem contra a candidatura de Caldas.

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