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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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A bilionária usina de João Lyra que está no centro de disputa na família

Com 180 quilômetros quadrados, local foi símbolo do apogeu do império criado pelo ex-deputado e ex-senador

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 Maio 2024, 23h06 - Publicado em 1 ago 2023, 07h40

Localizada em Coruripe, no interior de Alagoas, a Usina Guaxuma, símbolo do apogeu do império do ex-deputado e ex-senador João Lyra, falecido em 2021, aos 90 anos, está no centro de uma nova disputa entre os herdeiros e a administradora da massa falida da Laginha Agroindustrial S/A. No mês passado, a gestão responsável pela solvência dos negócios do grupo decidiu por um arrendamento parcial da área.

Entre o edital e o prazo final de inscrição de interessados foram menos de dez dias. Além disso, não houve divulgação em veículos de imprensa de circulação nacional. O resultado foi o aparecimento de apenas um grupo interessado, sobre o qual recaem acusações de falta de fôlego financeiro e de garantias.

Para uma parte dos herdeiros de Lyra, o negócio também está sendo feito em momento inoportuno, pois a fazenda está prestes a fazer a colheita da cana, ou seja, os lucros ficariam com os arrendadores. Além disso, eles reclamam que o arrendamento parcial da terra poderá perpetuar o processo de finalização do pagamento dos débitos, o que foi chamado de “falência eterna”.

O caso foi contado em reportagem de VEJA desta semana e deverá ser objeto de novas contestações judiciais. Leia a reportagem aqui.

Com 180 quilômetros quadrados de área, a Usina Guaxuma, se fosse uma cidade paulista, seria maior do que 188 dos 645 municípios do estado de São Paulo. Ali, além de uma fazenda e um parque industrial criado para a moagem e processamento de 1,8 milhão de toneladas de cana-de-açúcar por safra, há centenas de máquinas, equipamentos e automóveis abandonados.

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O restante são terras aptas a receber enormes plantações ou para serem exploradas pelo turismo. Estima-se que a gleba valha mais de 1 bilhão de reais, apesar de seu abandono e de questões como subavaliação oficial e centenas de invasões promovidas na última década.

Durante seu funcionamento, a partir da década de 1960, a Laginha era mais do que uma enorme fazenda com uma usina no meio. Ao todo, o local possui quarenta edificações, como uma pequena vila com nove casas, além de seis enormes armazéns, um clube, posto médico, pequeno prédio de escritório e algumas oficinas, entre outros espaços.

Símbolo de uma época em que os usineiros tinham enorme poder no país, João Lyra construiu seu império a partir da década de 50. No auge, o empresário, nascido em Pernambuco, controlava cinco plantas de produção de cana-­de-açúcar — quatro em Alagoas e uma em Minas Gerais —, além de concessionárias de veículos, rádio, jornal, muita terra e uma empresa de táxi-aéreo, entre outras. O grupo chegou a ter 26 000 empregados e parte de suas receitas ajudava a irrigar as conexões políticas do proprietário.

Quando o ciclo de ouro das usinas no país se encerrou, a exemplo de muitas outras companhias do setor, o grupo de Lyra sofreu um baque enorme. A montanha acumulada de dívidas saiu do controle, até que o conglomerado foi à bancarrota, em 2014. Agora, seus seis filhos travam uma disputa acirrada sobre os rumos da massa falida da Laginha Agro Industrial S/A, avaliada em 4 bilhões de reais, incluindo 900 milhões de reais em caixa e cerca de 1 bilhão de reais em precatórios. Em tese, é possível pagar aos credores e ainda preservar uma parte considerável dessa fortuna.

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