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Blog do economista Maílson da Nóbrega: política, economia e história
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Bolsonaro: Posto Ipiranga ao contrário

O ministro da Saúde emite sinais de que permanecerá no cargo, deixando ao presidente da República o ônus de demiti-lo

Por Maílson da Nóbrega Atualizado em 3 abr 2020, 10h42 - Publicado em 3 abr 2020, 10h03
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  • Jair Bolsonaro e Luiz Henrique Mandetta, usando máscara protetora, durante entrevista coletiva para anunciar medidas para conter a propagação da doença por coronavírus, em Brasília (Carolina Antunes/PR)

    Em entrevista que concedeu ontem à Rádio Jovem Pan, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que ele e o ministro Luiz Henrique Mandetta estavam “se bicando”. Assinalou ainda, entre outras grosserias, que o ministro da Saúde deveria ouvi-lo.

    Bolsonaro fez o contrário do que tem dito, desde os tempos da campanha eleitoral, sobre o ministro da Economia, Paulo Guedes. O então candidato dizia que não entendia de economia, mas contava com o “Posto Ipiranga” para aconselhá-lo no assunto. A frase foi repetida muitas vezes após assumir o cargo de presidente da República.

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    Agora, invertendo o raciocínio, Bolsonaro diz que ele é a pessoa a ser consultada. Não consta que o presidente detenha conhecimentos científicos ou experiência médica para emitir orientação ao ministro da Saúde, que, além de médico, tem vasta experiência como administrador de hospitais e de um plano de saúde.

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    Em outras circunstâncias, a maneira com que Bolsonaro se referiu a Mandetta seria motivo suficiente para o ministro pedir demissão. Tudo indica, porém, que ele tomou a decisão de permanecer no governo, sustentar sua posição de defesa do isolamento social completo, liderar firmemente sua equipe, e articular-se com a comunidade médica e com secretários de Saúde de estados e municípios.

    O ministro Mandetta tem demonstrado admirável equilíbrio e competência no exercício do cargo em hora difícil para ele e o país. Ao que tudo indica, diante do comportamento do presidente, deixou a ele a decisão de demiti-lo, se assim o desejar. O ônus e as consequências serão de inteira responsabilidade de Bolsonaro.

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