A vacina BCG, que protege recém-nascidos contra a tuberculose, está em falta em maternidades e clínicas particulares de São Paulo. Mães que dão à luz em hospitais particulares tinham a opção de pagar para imunizar o bebê antes de levá-lo para casa.
Nos hospitais Pro Matre e Santa Joana, os pais são orientados a procurar a rede pública de saúde para vacinar seus filhos. “As maternidades informam que voltarão a oferecer a vacina BCG assim que o recebimento for normalizado”, explicam.
Não são apenas as maternidades que estão desabastecidas. Clínicas de vacinação procuradas pela reportagem informam que a BCG está em falta. A previsão era de que o fornecimento seria normalizado em maio, mas foi adiado para junho.
Um dos motivos para a falta de BCG foi a interdição na Fundação Ataulpho de Paiva, que produz o imunizante. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que a fundação foi desinterditada depois que inspeções realizadas entre 29 a 31 de janeiro de 2018 “consideraram como satisfatório o cumprimento das boas práticas de fabricação”. Em seu site, a fundação informa que voltará a comercializar a BCG em “meados de maio”.
A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo informa que a dose é aplicada gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde mediante agendamento. A justificativa é que é preciso “otimizar a utilização do conteúdo do frasco, que tem validade de seis horas após a abertura da embalagem”.
A pasta informa ainda que não falta a vacina BGC nas unidades públicas de saúde da cidade. “As crianças nascidas nas maternidades municipais recebem a dose antes da alta hospitalar.”
A Sociedade Brasileira de Imunizações informa que o fato de a vacinação estar concentrada nos postos de saúde não prejudica a imunização.