Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

Lillian Witte Fibe

Por Blog Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Política, economia e outros temas do momento. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Valeu, Excelência

Tudo pronto para mais um “desjulgamento”. Graças à ministra Cármen Lúcia, família Picciani nada tem a temer.

Por Lillian Witte Fibe 16 nov 2017, 11h58
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Pois é, ministra Cármen Lúcia, políticos presos seguem sendo libertados em todo o Brasil graças a seu voto de minerva.
    Em nome do que, mesmo? Da segurança institucional?
    Ora bolas, conta outra.
    Quando a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, se reuniu com o presidente do Congresso, Eunício Oliveira, às vésperas da histórica decisão sobre o recolhimento noturno do senador Aécio Neves, minhas antenas jornalísticas me alertaram.
    Mas não deu pra imaginar que as consequências seriam tão graves. Tão tristes para uma sociedade que clama pelo combate à corrupção endêmica.
    Pelo fim dos bancos paralelos, das planilhas de propinas, pelo fim dos carros fortes transportando as nossas cédulas por ordem dos chefões das organizações criminosas.
    A presidente do Supremo, tão experiente também em política, pois não há novatos nem ingênuos na corte, recuou num momento chave.
    Poderia ter optado pela tolerância zero à corrupção, que até então parecia lhe pautar a vida. Os senadores ameaçaram desacatar o Supremo, que tremeu. Ela se reuniu com Eunício, e, em seguida, convocou o plenário. Quando deixou de lado a tolerância zero, optando pela negociação. E desempatou uma votação: cabe aos “legislativos” (câmaras municipais, assembleias estaduais, além do próprio Congresso) a última palavra sobre a punição a seus pares, a despeito do que diz a lei sobre o assalto contínuo que nos vitima a todos, o crime de roubo.
    Em outras palavras: os juízes julgam, mas parlamentares… pensando bem, a única palavra que me ocorre é uma inexistente: “desjulgam”.
    Parlamentares “desjulgam”.
    Não há na língua portuguesa outro verbo para isso.
    Aécio, foro privilegiado, foi penalizado pelo Supremo e “despunido” pelo Senado.
    Daí em diante, a febre de soltura de outros corruptos reverberou pelo Brasil.
    E os “legislativos”, imbuídos da autoridade que lhes foi concedida pelo mesmo Supremo, não demoraram a agir:
    https://m.oglobo.globo.com/brasil/legislativos-locais-usam-decisao-do-stf-para-derrubar-resolucoes-contra-politicos-como-no-caso-aecio-22025354
    Portanto, a família Picciani, alvo, como sabemos, de uma das mais recentes e maiores operações da Polícia Federal, nada tem a temer.
    Independente do que desembargadores decidirem hoje sobre os pedidos de prisão do Ministério Público, está tudo pronto na Assembleia para manter em liberdade seu líder máximo.
    Que vem a ser pai do ministro do Esporte de Temer, Leonardo Picciani, mencionado em delação premiada.
    Que pena, ministra Cármen Lúcia. Que pena.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.