Vem cá, diante de tamanho Fla Flu, de tamanho racha entre os 11 egos do Supremo, não é o caso da gente se perguntar de que vale tanto, mas tanto esforço dos juízes de primeira, segunda e terceira instâncias?
Se o trabalho de Sérgio Moro, de Marcelo Bretas e de tantos outros pode ser invalidado pelos reis do Supremo, pra que sujeitar a máquina pública a esse infinito trâmite, espera e, por fim, garantia de impunidade e prescrição?
As varas federais sentenciam. Absolvem ou condenam.
Mas isso não vale.
Como numa prova estudantil, a decisão é submetida a uma banca examinadora, a dos tribunais regionais.
A conclusão de Moro condenando o ex-presidente Lula tirou nota 10 nessa etapa.
Mas não basta.
Tudo precisa ser submetido, de novo, aos chefes dos chefes, isto é, ao Superior Tribunal de Justiça, agora mais conhecido como terceira instância.
Cuja decisão também não valerá até que a casa monárquica se pronuncie.
Quando isso acontecer, o crime terá prescrito.
E a certeza da impunidade, se consolidado.
Durante todo esse tempo, o dinheiro do contribuinte continuará sendo:
1) gasto inutilmente em processos que de nada valem e
2) roubado de todos os jeitos pelas organizações criminosas.
O que o STF sugere que a gente faça com seus subalternos?
Que levemos todos a Brasília de vez, agilizando a última instância engargalada, que se move em ritmo paquidérmico?
Ao menos os brasileiros seriam poupados de tanto lenga-lenga.
E de tanto desperdício.