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Vitiligo: o que ajuda na restauração da pele

Nova tecnologia atua na repigmentação cutânea. Dermatologista explica as linhas de tratamento com essa finalidade

Por Ligia Novais*
Atualizado em 9 Maio 2024, 11h54 - Publicado em 29 abr 2024, 08h10

O vitiligo é um distúrbio de pele que requer cuidados específicos. Trata-se de uma condição autoimune que altera a função cutânea ou causa a hipopigmentação, ou seja, a despigmentação da pele na forma de manchas. O vitiligo não tem uma causa definida, mas frequentemente está relacionado a traumas emocionais, que podem desencadear ou agravar o quadro que afeta as células produtoras de pigmento – elas morrem ou deixam de funcionar.

A despigmentação pode afetar qualquer área do corpo, incluindo a boca, o cabelo e os olhos. Além das manchas, podem ser notadas alterações na textura da pele, além do aumento da sua sensibilidade, principalmente em relação à luz do sol – o que também a torna mais propensa a queimaduras solares.

Infelizmente, o vitiligo ainda não tem cura, mas tem tratamento. Inclusive, há uma novidade em relação aos resultados na melhora da pele e também na repigmentação. Tudo sem prejudicar ou ativar o quadro.

A resposta se encontra na tecnologia de microenxertos autólogos, um tratamento que já é consagrado para as questões capilares, mas agora utilizado de forma inédita na pele com vitiligo. Os resultados na aplicação dessa terapia regenerativa são excelentes, inclusive em matéria de retorno da pigmentação.

O procedimento de microenxerto autólogo é feito em ambiente clínico com o auxílio de equipamentos especiais. Ele utiliza células autólogas e homólogas para ativar as células da pele. Em sua função inicial, isso servia para que os folículos pilosos voltassem a crescer. Nesta nova aplicação, há uma reativação dos melanócitos, as células que produzem o pigmento da pele.

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Não se trata do tratamento central do vitiligo, mas de um apoio da medicina regenerativa – com uma tecnologia certificada – que propicia ganhos para a pele, pois a técnica visa estimular a produção de colágeno e aumentar a circulação sanguínea.

Além desse procedimento, hoje contamos com a fototerapia e o laser para trabalhar na repigmentação. As ondas de luz reativam os melanócitos, além de acelerar o processo de cicatrização das manchas e controlar a inflamação local.

Tais tratamentos buscam cessar o aumento das lesões, ou seja, estabilizar o quadro e buscar a volta da pigmentação. Um deles é a fototerapia com radiação ultravioleta B, que produz ótimos resultados principalmente em lesões da face e tronco, mas integram o arsenal também as tecnologias à base de laser e até o transplante de melanócitos.

Convém deixar dois alertas quando falamos no tratamento do vitiligo. O primeiro: cuidado com a venda de medicamentos e fórmulas com propostas milagrosas, que não só podem levar à frustração pela carência de bons resultados como gerar reações adversas.

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O segundo: cada organismo é único; então é fundamental que a terapia seja individualizada e o paciente conte com o suporte de médicos capacitados e atentos aos protocolos com base científica. O vitiligo tem controle, mas isso só é possível com um acompanhamento responsável e adequado.

* Ligia Novais é dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)

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