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Mortalidade materna: as principais causas e como dar suporte às novas mães

Protocolos assistenciais personalizados, capacitação de equipe multiprofissional e ações educacionais contribuem para a melhora dos resultados

Por Mônica Maria Siaulys*
Atualizado em 9 Maio 2024, 15h15 - Publicado em 2 Maio 2024, 11h09
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  • A mortalidade materna, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é definida como a morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação. Ela é assim classificada independentemente da duração ou localização da gravidez, por qualquer causa relacionada ou agravada pela gestação ou por medidas em relação a ela, porém não por causas acidentais ou incidentais. Habitualmente contada a cada 100.000 nascidos vivos, deve ser, no entanto, um evento pouco frequente.

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    De acordo com dados divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de mortalidade materna no Brasil apresentou redução importante no último ano, saindo de 117 óbitos maternos a cada 100.000 nascidos vivos em 2022 para 57 óbitos maternos para cada 100.000 nascidos vivos em 2024 e, retornando assim, aos índices pré-pandemia. Porém, ainda há um longo caminho a ser percorrido para que a oferta de cuidado da saúde da gestante seja melhor durante o ciclo gravídico puerperal no país.

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    A mortalidade materna é um indicador relevante da qualidade de vida da população, pois, na imensa maioria das vezes, é um evento que poderia ter sido evitado. Como do ponto de vista técnico já existe o conhecimento científico para se reverter essa situação, quando se analisa formalmente um óbito materno, encontram-se duas vertentes: de que o cuidado não foi feito como deveria ou, se realizado, foi tardiamente.

    Além disso, sabe-se que a distribuição dos óbitos maternos não ocorre de maneira uniforme no Brasil, com grandes diferenças entre as regiões, estados, cidades, municípios, hospitais e as diversas etnias existentes no Brasil. De maneira geral, a população com baixo poder econômico, baixa escolaridade, adolescentes, negras, indígenas e mulheres que vivem em áreas rurais e/ou de difícil acesso aos serviços de saúde são as mais atingidas.

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    A morte materna traz, ainda, profundos impactos para a família e sociedade. Estudos atuais mostram que filhos de mães que morreram no parto têm expectativa de vida menor. Portanto, para alcançar resultados melhores devemos focar em estratégias que garantam que o conhecimento da equipe multiprofissional chegue até a paciente em forma de cuidado, o que nem sempre é uma tarefa fácil.

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    Foi exatamente pensando nisso que, nas maternidades do Grupo Santa Joana, desenvolvemos um programa robusto de redução de mortalidade materna com foco no atendimento das principais causas de mortalidade materna no país: doença hipertensiva da gestação, hemorragia e doenças infecciosas, seguidas de doenças cardiovasculares e, mais recentemente, a questões relacionadas à saúde mental. O ciclo gravídico puerperal é um período de muitas demandas emocionais e os casos de suicídio nesse grupo específico de pacientes vem aumentado.

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    O programa contempla:

    Para se ter uma ideia, por meio desse programa, alcançamos resultados que são semelhantes ou menores que os melhores resultados mundiais, ou seja, de cinco óbitos maternos para cada 100.000 nascidos vivos. Isso mostra que a adoção de processos bem definidos contribui e muito para resultados melhores.

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    * Mônica Maria Siaulys é diretora médica do Grupo Santa Joana

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