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Menopausa precoce está associada a maior risco de infarto e AVC

Fim da produção dos hormônios femininos pode ocorrer antes do previsto e ter repercussões na saúde cardiovascular, mas há tratamento para a condição

Por Igor Padovesi*
9 out 2024, 10h34
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  • menopausa
    Menopausa precoce ou prematura: diagnóstico feito antes dos 45 anos (Atlas/AdobeStock/Reprodução)

    Conhecida como falência (ou insuficiência) ovariana prematura, a menopausa pode surgir de forma antecipada na vida de algumas mulheres. Quando diagnosticada antes dos 45 anos, é considerada precoce; quando ocorre antes dos 40 é chamada de menopausa prematura.

    Esse período é definido com o encerramento do ciclo menstrual da mulher e carrega os sintomas físicos e emocionais dessa transição. Entre eles, é possível destacar as ondas de calor, a sudorese noturna, as alterações menstruais, as mudanças de humor, a insônia, a fadiga, entre outros.

    O problema é que, se não diagnosticada e tratada com a terapia hormonal correta, a menopausa precoce aumenta o riscos de infarto, derrame e doenças cardiovasculares, segundo os estudos.

    E, por falar em diagnóstico, pesquisas recentes apontam que somente 20% dos programas de residência em obstetrícia e ginecologia oferecem algum treinamento sobre o tema, enquanto 80% dos residentes médicos relatam se sentir “pouco confortáveis” para discutir ou tratar a menopausa.

    Ainda é muito comum que as mulheres passem por vários profissionais que não trataram a menopausa prematura. Isso é um ponto crítico porque a falência ovariana prematura contribui diretamente para o aumento da taxa de mortalidade de mulheres.

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    Conforme apontado pelas diretrizes mundiais da área, quando não há tratamento, o declínio hormonal antes da hora eleva significativamente os riscos de doenças cardiovasculares.

    Há também outras possíveis consequências, como o risco de fragilidade óssea, piora da qualidade de vida e síndrome geniturinária, que leva a ressecamento, atrofia, dor, desconforto, sintomas genitais e urinários.

    Por isso, a terapia hormonal costuma ser obrigatória. Para o diagnóstico, é necessário se basear nos sintomas e nas dosagens do hormônio folículo-estimulante (FSH), que alteram drasticamente. Durante a transição, os níveis hormonais oscilam, sendo necessário realizar algumas dosagens para ter certeza do diagnóstico.

    As causas da menopausa precoce não são bem conhecidas e, na maioria dos casos, não se identifica um motivo definido. É um evento aleatório na população feminina, em que algumas mulheres perdem a função do ovário mais cedo. Isso pode impactar também mulheres que ainda querem engravidar, inviabilizando a gestação natural com óvulos próprios.

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    A base do tratamento é a terapia hormonal com estrogênios, preferencialmente por uma via de aplicação não oral, como o gel transdérmico. A progesterona é o outro hormônio que compõe a terapia hormonal, visando manter os níveis de hormônios femininos em valores próximos aos encontrados durante a vida reprodutiva da mulher.

    São tratamentos bastante seguros, desde que prescritos e monitorados por um médico regularmente. O diagnóstico e o tratamento corretos são fundamentais para a qualidade de vida e uma longevidade saudável.

    * Igor Padovesi é ginecologista, especialista em menopausa, membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e da Sociedade Norte-Americana de Menopausa 

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