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Diástase abdominal: problema após gestação ganha novo tratamento

Especialista conta como cirurgia robótica se tornou a nova aliada na correção do quadro que costuma aparecer depois da gravidez

Por Alexandre Sanfurgo*
Atualizado em 8 Maio 2024, 16h35 - Publicado em 26 jan 2024, 14h00

Diástase abdominal é o nome dado ao afastamento do músculo reto do abdômen, que se localiza verticalmente em cada lado da parte anterior do abdômen. Os dois feixes deste músculo são paralelos e separados por uma faixa de tecido conjuntivo chamada linha alba ou linha branca. A diástase acontece quando o espaço entre os feixes se expande devido a um aumento de volume intra-abdominal, caso de uma gestação ou mesmo obesidade.

O quadro costuma deixar o abdômen mais saliente e, dependendo do grau, pode causar sintomas urinários e dor lombar. Ele ocorre em todas as mulheres grávidas, porém pode persistir em boa parte delas após o parto.

No caso do período pós-gestacional, é muito importante avaliar com cuidado as opções de tratamento da diástase. Uma delas é a cirurgia plástica com a combinação entre lipoaspiração e abdominoplastia sem corte. A novidade é que, para ter maior segurança e precisão, a tecnologia robótica já presta serviço ao procedimento.

Para realizar esse tratamento ou qualquer outra cirurgia plástica, é importante que a mulher já tenha parado de amamentar, no mínimo, há três meses. Afinal, ela passou por uma turbulência hormonal durante um longo período e necessita de um tempo para se estabilizar após a amamentação.

Geralmente, depois de já iniciar suas atividades físicas e seu peso também se normalizar, verificamos qual a melhor indicação terapêutica. Nem todas as mulheres que possuem diástase abdominal no pós-parto necessitam de cirurgia. Se o afastamento for pequeno, pode-se corrigir com exercícios.

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O diagnóstico e a indicação da melhor técnica cirúrgica vêm depois de um exame físico realizado em consulta médica associado ao ultrassom.

+ LEIA TAMBÉM: Saiba os riscos de alguns procedimentos estéticos

Muitas mulheres que possuem essa projeção abdominal têm pouca ou moderada gordura e flacidez, sendo, nesses casos, a diástase a responsável pelo abaulamento. Com esse diagnóstico, temos condições de realizar a técnica M.I.R.E.L.A – Minimal Invasive Robotic Endoscopic Lipoabdominoplasty, a maior evolução da cirurgia plástica nos últimos tempos quando o assunto é tratar o abaulamento no abdômen.

Através de três pequenos orifícios na região pubiana, é possível cuidar ao mesmo tempo da diástase, da flacidez (associando a uma tecnologia de retração da pele) e também da gordura localizada.

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Trata-se de um procedimento realizado com o uso de robô e tecnologia 3D, que garante às pacientes menos dor, maior eficácia e segurança e menor tempo de recuperação em comparação com métodos tradicionais. Cabe dizer que é o especialista que comanda o robô e todos os os movimentos complexos que a cirurgia requer por meio de um mecanismo que, de forma clara e objetiva, melhora a visualização da área sendo operada.

A inovação, que tem agradado profissionais e pacientes por seus benefícios e diferenciais, depende, é claro, da experiência e conhecimento do cirurgião sobre o assunto e a técnica, a fim de saber para quem o método robótico é indicado e poder recomendar alternativas caso a paciente não seja candidata a esse tipo de solução.

* Alexandre Sanfurgo é cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da International Society of Aesthetics Plastic Surgery (ISAPS)

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