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Devo ter medo de tratamentos estéticos?

O rosto de Pamela Anderson em Cannes levantou a questão do excesso de tratamentos estéticos, mas existem opções modernas que trazem naturalidade

Por Jardis Volpe
Atualizado em 23 Maio 2017, 12h00 - Publicado em 23 Maio 2017, 12h00
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  • Durante o festival de Cannes deste ano, uma foto da atriz Pamela Anderson deu o que falar. Ícone de beleza voluptuosa dos anos 90 na série Baywatch, a atriz de apenas 49 anos apareceu irreconhecível desfilando no tapete vermelho, gerando comentários ao redor do globo.

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    Como dermatologista há quase 15 anos, focado em tratamentos não-cirúrgicos para rejuvenescimento facial, quando vejo uma face transformada dessa maneira, paro e penso – estamos no caminho certo? Devemos temer os tratamentos estéticos?

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    Possíveis procedimentos em Pamela Anderson

    Para responder a essa pergunta vamos primeiro analisar os possíveis procedimentos aos quais Pamela se submeteu. Percebo que algum procedimento cirúrgico, um minilifting, por exemplo, foi realizado para remover excessos de pele e reposicionar os tecidos, associado a um preenchimento nas bochechas, excessivamente volumosas para seu formato de rosto.

    A atriz Pamela Anderson durante o Festival de Cannes (Andreas Rentz/Getty Images)

    Além disso, a testa está excessivamente lisa e seu sorriso está travado, resultado de uma aplicação de toxina botulínica muito pesada. Ao sorrirmos de forma natural, é esperado que façamos algumas ruguinhas ao redor dos olhos, mesmo com a aplicação da toxina, transmitindo um ar de sinceridade. Por isso, acredite no seu dermatologista quando ele deixa um pouco de rugas à mostra mesmo após a aplicação do produto.

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    Outro ponto que chama a atenção é o tamanho de seus lábios – por ter um rosto mais fino, sua face não combina com lábios tão volumosos. A proporção correta é que o lábio superior seja menor que o inferior – às vezes 30% menor – e, no caso dela, essa proporção é de 1 para 1 – o que deixa óbvio que os lábios foram mexidos.

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    A era dos tratamentos pouco invasivos

    Venho de uma geração de dermatologistas que participou da transição de procedimentos agressivos para tratamentos pouco invasivos e afirmo que aliando boas técnicas nas mãos de um profissional com acurado senso estético, podemos nos manter joviais sem artificialidade.

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    Se no caso da Pamela, a aplicação da toxina botulínica fosse feita combinando injeções mais superficiais, ao invés de aplicá-la apenas no músculo, seu efeito seria de melhora das rugas sem esse look “congelado”.

    Ao invés de procedimentos cirúrgicos precoces, injeções de produtos estimuladores de colágeno – como o ácido poliláctico e o cálcio, além da utilização de ultrassom microfacado e lasers, poderia ter dado um aspecto mais firme para a pele e com ar menos esticado. Ao invés do preenchimento das bochechas, a aplicação profunda do ácido hialurônico de alta densidade promoveria uma sustentação sem volumização.

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    Por todas essas modernas opções que trazem naturalidade ao rosto, os procedimentos estéticos não devem ser temidos. Mas é importante contar com a tutoria de um dermatologista atualizado e com um senso estético apurado para eleger os procedimentos mais adequados e o timing correto de fazê-los. Os procedimentos injetáveis, por,exemplo, exigem técnica e arte ao mesmo tempo, e separam os melhores profissionais dos apenas razoáveis.

    Sempre que possível, procure por tratamentos preventivos e estimuladores da pele ao invés de solicitar uma correção imediata – o risco da perda da naturalidade é muito menor nesses casos. Procedimentos mais radicais sempre têm riscos maiores, por isso, entender que manter a pele em ordem é uma jornada, e não um destino em si, já é o primeiro passo para não gerar ansiedades.

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    Vamos dar um exemplo? Veja o caso da atriz Bruna Lombardi – adepta de cuidados dermatológicos que previnem e reparam danos ao mesmo tempo, sem exageros. Ela pode ser uma exceção? Quem sabe não, pois existem muitas Brunas Lombardis anônimas por aí que fazem do cuidado da pele um hábito saudável.

     

    (Lailson Santos/VEJA)

     

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