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José Vicente Professor, advogado e militante do movimento negro, ele é o reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, em São Paulo, instituição pioneira de ensino no Brasil que ajudou a fundar em 2004.
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Afroweek, uma ‘Black Friday’ genuína e com causa

Que tal se construíssemos de maneira genuína, um dia de celebração do consumo que destacasse o valor do pertencimento e contribuição dos negros?

Por José Vicente
Atualizado em 3 nov 2020, 15h53 - Publicado em 29 out 2020, 22h02
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  • Há tempos o ecossistema do varejo e da venda eletrônica mantem uma pulga atrás da orelha, por conta da controvérsia acerca do verdadeiro sentido histórico do Black Friday. Nesse ano o Boticário comunicou que deixaria de participar do evento por conta das fortes evidências que não desconfirmam que o movimento de promoção comercial está assentado sobre um acontecimento histórico ligado a escravidão de negros americanos. A sexta feira preta, em tradução livre, seria o dia da compra e venda de escravos negros com descontos. A versão prevalecente aponta que trata de uma tradição comercial de descontos, pós dia de ação de graças, antecedendo as vendas e compras natalinas.

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    Apesar da controvérsia, a dúvida que sempre pairou no ar ganhou tração, nos tempos de George Floyd e, pelo sim pelo não, muitos estabelecimentos, no Brasil e no mundo tem seguido o caminho do Boticário, entendendo que, agindo assim, evitariam associarem-se a uma atitude discutível do ponto de vista de combate as práticas racistas. Estariam assim praticando uma meritória atitude antirracista.

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    Se assim o é, que tal se construíssemos de maneira genuína, um dia, um período, de celebração do consumo que destacasse o valor do pertencimento e contribuição dos negros para o progresso e grandeza da sociedade e país, e a realizássemos numa data de extraordinária simbologia e significado histórico?

    Mais: que, além do ato de compra, permitisse o acesso a informações e interações de fortalecimento da consciência da importância e valor dessa data, e, por fim, garantisse que parte do resultado da compra contribuiria de forma solidária para colaborar na diminuição dos diferentes desafios que esse tema enfrenta.

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    Foi justamente esse o raciocínio que estimulou a CCP – Cyrela Commercial Properties e o Instituto CCP, que toca as ações de responsabilidade social do grupo, a Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial, que reúne empresas voltadas para causa racial e a Universidade Zumbi dos Palmares, instituição de ensino superior pioneira na inclusão de negros no ensino superior, no mercado de trabalho e no empoderamento social.

    Enfim, uma compra com causa onde os recursos auferidos serão recolhidos no Fundo Vidas Negras, que se encarregará de implementar medidas e ações para ajudar na inclusão, permanência, ampliação, qualificação e empoderamento de jovens negros no novo normal da educação, mercado de trabalho, economia digital e tecnológica, economia criativa, e principalmente meios para sobrevivência na realidade pandêmica do coronavírus.

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    Pronto nasceu a AFROWEEK, uma “Black Friday” genuinamente brasileira e com uma causa pra lá de nobre. A partir do dia 1º de Novembro, em comemoração ao mês, semana e dia da Consciência Negra, em que se lembra o aniversário da morte – 20 de novembro – do Líder Negro da resistência escravocrata e Herói Nacional Zumbi dos Palmares, entra em teste na rede de Shoppings do grupo CCP – Shopping D, Cidade São Paulo, Tiete Plaza, Gran Plaza, Metropolitano, no Rio e Cerrado em Goiás -. Uma gincana nobre e virtuosa e com muitos motivos para se orgulhar.

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