“Nós queremos satisfazer a necessidade de comer de milhões da classe trabalhadora, que, quando você conta, você soma os que já estão passando fome, que têm certeza que não tem comida em casa de jeito nenhum, que são 20 milhões, mais aqueles que não tem uma reserva de açúcar, de café e de feijão em casa, quando você soma tudo isso dá 116 milhões. A gente vai estatizar todas as empresas e colocar sob o controle dos trabalhadores. Os bancos ficam a cargo do Estado, bancários e da população, que vai decidir sobre planejamento, execução e funcionamento. Os negros que estão sendo assassinados, via de regra, estão desarmados. A população periférica não tem nem comida, quanto mais arma. Defendemos que essa organização da autodefesa seja feita em conjunto com a classe trabalhadora, unificada, que as polícias possam eleger seus chefes, comandantes (…) O problema do povo não é, necessariamente, estar armado ou desarmado, o povo está refém de quem tem arma. A arma não vai ser só para quem pode comprar, mas para que todas as pessoas possam se proteger. A população vai ter o direito, se ela quiser, de comprar arma e o valor vai ser popular.”
(Vera Lúcia Pereira da Silva Salgado, candidata presidencial do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado, PSTU.)