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Avançam os supersalários de servidores nos Estados

Juízes de Alagoas duplicam o valor do “auxílio-alimentação”, conselheiros do TCE do Rio são premiados com R$ 12 mil mensais por "sobrecarga" na pandemia

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 jul 2021, 09h30
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  • Na terça-feira, o Judiciário de Alagoas duplicou o valor mensal do “auxílio-alimentação”. Passou de R$ 1.520 a R$ 3.040 para centena e meia de beneficiários.

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    É dinheiro suficiente para cada juiz estadual comprar 44 cestas básicas por mês, do tipo distribuído pelo Estado a famílias que sobrevivem na pobreza extrema em 102 municípios.

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    Em Alagoas, um dos Estados mais pobres, cada juiz de direito iniciante na carreira tem remuneração básica de R$ 30.404,42, além de gratificações.

    Em Roraima, deputados estaduais estabeleceram um extra por comparecimento ao plenário.

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    Esse tipo de artifício salarial, disseminado no país, avança nos Estados e está cristalizando uma casta na administração pública brasileira.

    A renda média na elite dos servidores alagoanos, por exemplo, já é 60 vezes maior que a dos trabalhadores do setor privado, de acordo com dados governamentais de 2019 analisados pelo Banco Mundial.

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    No Rio, cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Estado acabam de receber um prêmio salarial de R$ 12 mil por “sobrecarga” de trabalho na pandemia: alegam ter herdado processos de outros cinco conselheiros que haviam sido presos em ações anti-corrupção, com direito à manutenção dos respectivos salários e vantagens.

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    Todos passam a ter remuneração básica de R$ 47 mil por mês, além de privilégios como duas férias por ano, diversos tipos de “auxílios” e mordomias como carro, motorista e combustível pago pelos contribuintes.

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    As folhas salariais da União, dos Estados e dos Municípios abrigam 11,4 milhões de servidores numa anarquia gerencial visível em mais de três centenas de carreiras funcionais, com pelo menos 170 tipos de remuneração e 400 formas de gratificações. Somente na área federal o governo identificou 167 modalidades de prêmios por “desempenho”.

    Os supersalários da elite burocrática civil e militar transformaram os orçamentos públicos em alavancas da desigualdade social, principalmente nos Estados: quatro de cada dez servidores estão no topo da pirâmide de renda nacional, na faixa dos 10% mais ricos.

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    Uma nova rodada de aumentos salariais no serviço público está prevista para o primeiro trimestre de 2022, ano eleitoral.

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