“China e Rússia têm expandido agressivamente sua influência na nossa vizinhança na América Latina e Caribe, cujos países estão experimentando insegurança e instabilidade crescentemente exarcebada. A China, nosso competidor estratégico de longo prazo, continua sua marcha implacável para expandir sua influência econômica, diplomática, tecnológica e militar na América Latina e Caribe — e substituindo a influência dos EUA em todas essas áreas. Sem a liderança americana, a influência negativa chinesa poderia, em breve, se assemelhar à influência predatória que agora detém na África. Enquanto isso, a Rússia, ameaça mais imediata, está crescendo nos seus engajamentos no Hemisfério. [Valdimir] Putin procura manter suas opções abertas e mantém relacionamentos em nossa fronteira próxima. Em janeiro, o ministro russo de Assuntos Estrangeiros disse que não poderia afirmar que excluiria o envio de artefatos [nucleares] militares para Cuba ou Venezuela. Poucos dias antes da não provocada invasão russa da Ucrânia, o primeiro-ministro [russo] visitou Nicarágua, Cuba e Venezuela, países que mantêm laços estreitos com a Rússia, e ofereceu apoio dentro do nosso Hemisfério. Finalmente, as recentes visitas dos presidentes do Brasil e da Argentina a Putin, na Rússia, mostram um potencial preocupante de ampliação dos laços russos nessa região e no Hemisfério.”
(General Laura Richardson, chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, em depoimento no Comitê de Assuntos Militares da Câmara, ontem, em Washington. O Comando Sul é um dos dez grupos de combate unificado vinculados ao Departamento de Defesa.)