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Petróleo em alta limita planos de Bolsonaro e dos adversários

O cenário de crise é restritivo para ambições de campanha do candidato à reeleição, mas, também, condiciona, também, os projetos dos adversários.

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 jan 2022, 08h00
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  • O preço do petróleo aumentou mais de 50% durante o ano passado e continua em forte alta, no rumo dos 100 dólares por barril.

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    Ontem, o tipo mais consumido nos Estados Unidos (WTI) foi comercializado a 86,3 dólares por barril. Há um ano custava 31,8 dólares.

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    Significa novos aumentos nos preços da gasolina, do óleo diesel e do gás de cozinha, com reflexos diretos em todos os segmentos da economia.  sobre toda a economia.

    Não é pouco para um país em pandemia e sob grave crise econômica, que convive com inflação em alta, sustenta uma das maiores taxas de juros do planeta e mantém cerca de 14 milhões de desempregados, além de outros 30 milhões na informalidade.

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    (./VEJA)

    O eleitorado teve seu poder de compra corroído pela escalada inflacionária no ano passado. Nas famílias com renda mensal inferior a R$ 9 mil — ou seja, onde estão nove de cada dez eleitores — o impacto dos aumentos de preços superou a média nacional da inflação do ano (10,6%).

    Energia e alimentos consumiram, proporcionalmente, mais recursos do orçamento das famílias mais pobres, informa o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao Ministério da Economia.

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    O cenário é restritivo para as ambições de campanha de Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, cujo derretimento nas pesquisas decorre da inépcia na gestão da pandemia e do descontrole da inflação.

    Mas condiciona, também, os projetos dos adversários. Especialmente de quem planeja um resgate da economia a partir da ampliação dos desequilíbrios nas contas públicas.

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    Alternativas de ampliação dos gastos com pessoal e investimentos públicos tendem a ficar ainda mais limitadas.

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    A persistência da alta nos preços do petróleo complica a vida de todos os candidatos à presidência.

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    Quem se eleger em outubro vai precisar negociar na Câmara e no Senado, provavelmente, muito além do que poderia imaginar três semanas atrás para administrar a crise a partir de 2023.

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    (Ipea//VEJA)

    O tamanho da dificuldade política à frente pode ser aferido na pulverização do quadro partidário atual. Há 34 registrados na Justiça Eleitoral e 28 com bancadas.

    O maior partido é o União Brasil (fusão do PSL e DEM) com 81 deputados federais. O trio que compõe o núcleo do Centrão (PL, PP e Republicanos) tem 115. Juntos, não alcançam 23% dos votos disponíveis no plenário da Câmara.

    Na Câmara, o quórum básico (presença mínima) exigido para se iniciar a sessão de votação de um projeto de lei comum é de maioria absoluta, ou seja, 257 deputados presentes.

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    Para aprovar um projeto de lei complementar à Constituição são necessários, pelo menos, 257 votos favoráveis.

    Já para fazer avançar uma proposta de emenda à Constituição há necessidade de 308 votos. Se aprovada, em dois turnos de votação, segue para o Senado, onde o teste vai ser repetido — mínimo para aprovação é de 49 votos dos 81 senadores.

    Hoje, os partidos alinhados a Lula, favorito nas pesquisas, somam 101 votos (17% do plenário) na Câmara e 12 (15%) no Senado.

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    Ganhar a eleição presidencial é apenas o começo. Sem alianças não há governo viável. E vai ser mais difícil recorrer a “modelos” esdrúxulos de coalizão, como o atual baseado no aluguel de apoio parlamentar, com uso do orçamento, ou à margem dele, como ocorreu no Mensalão.

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