Setembro terminou sem novos improvisos do governo. É boa notícia.
No último 31 de agosto, por exemplo, os consumidores de energia foram surpreendidos com a imposição de uma nova taxa na conta de luz valendo para o dia seguinte, 1º de setembro.
A inovação da “bandeira de escassez hídrica” significou um aumento de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Foi decidida e anunciada num espaço de 24 horas, sem aviso prévio. E tem validade até abril do ano que vem, chova ou continue a seca.
Não se conhece o método pelo qual o governo chegou ao adicional de R$ 14,20 nessa quarta “bandeira” descolorida — a outras são verde, amarela e vermelha.
Na segunda quinzena de agosto, a agência reguladora Aneel considerava conveniente uma taxa extra de quase R$ 25 a cada 100 kWh consumidos.
Hoje, se completam quatro semanas sem novos improvisos governamentais na conta de luz.
Outubro vai começar com duas certezas para os consumidores: a política do improviso continua, e, como cantava o poeta Chico Buarque, amanhã vai ser outro dia…