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Informação e análise
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Lula ouve banqueiros, mas não diz como ou quando vai equilibrar as contas

Eles foram ao Planalto apoiar Haddad na catequese sobre a “oportunidade” para o governo oferecer previsibilidade no rumo da economia

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 out 2024, 08h00
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  • Cédulas de cem reais
    Ilustração — (./VEJA)

    Depois de 646 dias de governo, Lula resolveu conversar com dirigentes dos maiores bancos privados, credores do governo.

    Acompanhado de Fernando Haddad, ministro da Economia, recebeu no Palácio do Planalto os executivos Milton Maluhy, do Itaú Unibanco; Luiz Trabuco Cappi e Marcelo Noronha, do Bradesco; Mario Leão, do Santander; André Esteves, do BTG; e, Isaac Sidney, da Federação Brasileira de Bancos.

    Foi uma conversa formal, balizada pelo manual diplomático e impulsionada pela força das ambiguidades. Nesta quarta-feira (16/10), eles reafirmaram aquilo que Lula sabe desde os anos 90 do século passado: banqueiros são naturalmente conservadores e, numa coincidência com políticos, não gostam de juros altos.

    Uns receiam a inadimplência da clientela. Outros temem a falência nas urnas.

    Dólar a 5,6 reais, inflação batendo no “teto” das metas oficiais e taxa de juro real (acima da inflação) a 6,5% são expressões de uma crise de confiança — disseram os banqueiros.

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    Emendaram a ressalva de que embora esteja aí, se manifestando, não possui “fundamentos”, ou coerência, no cenário de uma economia que cresce ao ritmo anual de 3% sem embaraços externos (déficit relevante no balanço de pagamentos).

    Com a sutileza do credor diante do seu principal cliente, diagnosticaram como causa provável os “ruídos” causados pela cacofonia nas mensagens do governo sobre o equilíbrio das contas públicas.

    Ou seja, as altas do dólar, da inflação e dos juros resultam de uma confusão sobre como Brasília, especialmente o Palácio do Planalto, pretende agir para resolver uma equação que não fecha: despesas crescem em velocidade muito acima da receita, e, na conta final, a soma das partes (gastos) é maior que o todo (orçamento).

    Na prática, respaldaram Fernando Haddad, ministro da Economia, na catequese sobre a “janela de oportunidade” para o governo, no meio do mandato, fazer caber as partes no todo — os gastos no orçamento — e oferecer previsibilidade no rumo da economia.

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    Saíram da reunião de quase hora e meia do jeito que entraram no palácio, com a impressão de que Lula já sabia de tudo, apenas quis escutá-los e sugerir que na segunda metade do mandato, possivelmente, nada será como antes.

    Foi um gesto de simpatia, depois de 646 dias de governo, sem pistas relevantes sobre a resolução do enigma principal: se, como e quando vai fazer?

    O tempo ficou mais curto. A corrida presidencial de 2026 começa na noite de domingo, dia 27 de outubro, com o resultado do segundo turno em meia centena das maiores cidades.

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