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Lula idolatra Lula, e não mostra o seu projeto para o país

Para se afirmar, deslegitima os outros, e reluta em mostrar seu plano para "garantir o fim da fome, o fim da miséria e o pleno emprego"

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 jun 2022, 09h41 - Publicado em 2 jun 2022, 08h00
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  • Lula é personagem difícil de ser rotulado, enquadrado numa moldura.

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    Esquerdista? Talvez. Populista? É possível. Sobrevivente, com certeza — da migração do agreste pernambucano para São Paulo; do sindicalismo metalúrgico, e dos 42 anos de profissional da política, mais da metade do seu tempo de vida.

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    Seu melhor retrato nasceu da argúcia do humorista e do polimento do escritor Millôr Fernandes. Disse tudo em sete palavras: “O Lula é viciado em si mesmo.”

    Reconheceu, tempos atrás: “Tem hora em que estou no avião e, quando alguém começa a falar bem de mim, meu ego vai crescendo, crescendo, crescendo… Tem hora em que ocupo, sozinho, três bancos com o meu ego.”

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    Lula cada dia mais idolatra Lula, principalmente nesta temporada eleitoral por ele transformada em campo de batalha pela absolvição nas urnas — algo que ainda não conseguiu nos tribunais.

    Aos 76 anos, aproveita a que talvez seja sua última campanha para lapidar a imagem da Encarnação do Povo. É do jogo. O problema é que, para se afirmar, ele deslegitima todo mundo. Exemplos recentes:

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    Políticos no poder? “[Joe] Biden nunca fez um discurso para dar US$ 1 dólar para quem está morrendo de fome na África.”

    Partidos? “O PFL acabou, agora quem acabou foi o PSDB e o PT continua forte, crescendo.”

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    Empresários? “Essa gente deveria vir de joelho conversar com a gente.”

    Brasil? “Este é um país de uma elite escravista. O escravismo ainda está, sabe, contido na célula de cada representante da grande elite brasileira.”

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    Lula contra tudo e contra todos é imagem em sépia das suas quatro décadas sem sair de cima de um palanque.

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    Em 2003 se queixava da “herança maldita” do governo Fernando Henrique Cardoso.

    Em 2022 anuncia que, se eleito, vai pegar um país muito pior do que o recebido vinte anos atrás.

    Lula, nesses cultos de adoração de si próprio, pode até ter alguma razão em cada sílaba do que anda dizendo.

    É pena que, a quatro meses da eleição, ainda relute em mostrar seu plano para  “garantir o fim da fome, o fim da miséria, o pleno emprego e fazer o Brasil virar protagonista internacional”. Esse Brasil Potência nunca antes aconteceu na história deste país — nem mesmo na década e meia de governos lulistas.

     

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