Com resultados eleitorais nas mãos, na segunda-feira 3 de outubro líderes políticos preveem começar negociações sobre a formação de um novo partido de centro, cujo registro seria apresentado à Justiça Eleitoral no primeiro semestre de 2023.
Sobram sondagens sobre a possibilidade de aliança de alas do PSDB, do União Brasil e de uma fatia do MDB, entre outros. A premissa é de que, na forma atual, o sistema partidário brasileiro não tem futuro, porque perdeu a capacidade de conduzir projetos nacionais e mediar conflitos entre a sociedade e o Estado.
Nas projeções mais otimistas, esses partidos de centro sairiam das urnas com cerca de 70 deputados, uns 13% do plenário da Câmara. Fragmentados, pouco influiriam na pauta de interesses do próximo governo — em alguns casos, haveria risco real de desaparecimento do partido. Unidos, teriam capacidade de atuar como fator de equilíbrio e de decisões em impasses legislativos.
Há consenso de que, não importa quem seja eleito presidente, a dimensão da crise econômica prevista para 2023 vai levar a grandes conflitos, sobretudo no aumento de tributos para financiamento de programas sociais.