Abril Day: Assine Digital Completo por 1,99
Imagem Blog

José Casado

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Informação e análise

Ironia no Congresso: “E no 30º mês, o governo Lula murchou…”

A ausência de ânimo político é perceptível em Brasília, que aderna numa espécie de estado de letargia institucional

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 jun 2025, 08h00

O Brasil está mais caro e politicamente mais complicado.

Governo, Congresso e Judiciário se acusam pelo desequilíbrio nas contas públicas que motiva o Banco Central a promover uma escalada de sete altas seguidas na taxa básica de juros num ambiente de investimento escasso e carga tributária elevada.

O aumento (para 15%) anunciado nesta quarta-feira é o segundo maior em duas décadas. O recorde do período (15,25%) é de Lula, também. Mas há uma diferença relevante entre as duas Selic: a alta taxa de maio de 2006 representava o oitavo corte seguido na Selic.

Na época, o BC era “dependente” do governo. Lula, que chegara a avaliar a hipótese de renúncia na crise do mensalão, estava a cinco meses da reeleição. Venceu o então adversário Geraldo Alckmin, no segundo turno, com quase 21 milhões de votos de vantagem. Naquele ano a economia cresceu em ritmo acelerado (4%), impulsionada pelo estímulo governamental ao consumo (5,3%).

Lula tenta repetir a fórmula. Em política tudo é possível, mas as circunstâncias são muito diferentes duas décadas depois.

Continua após a publicidade

O governo não consegue sair da armadilha do déficit crescente nas contas públicas. O Congresso e o Judiciário fingem que não têm nada com isso. E o Banco Central avisa: se mantido o descontrole fiscal, a taxa de juros vai continuar alta por um período “bastante prolongado”.

A ausência de ânimo político é perceptível em Brasília, que aderna numa espécie de estado de letargia institucional. Nas próximas três semanas,  a Câmara, o Senado e tribunais superiores devem manter um feriadão informal. Tendem a emendá-lo com o “recesso” (férias) de julho. Governo, Congresso e Judiciário retornariam ao expediente “normal” em agosto.

É quando a oposição moderada prevê uma série de decisões legislativas para imobilizar o governo Lula, para não deixá-lo aprovar mais nada até o final da temporada eleitoral de 2026.

Se vai dar certo, nem os responsáveis sabem, mas a ideia dessa manobra nasceu de uma tese repetida com ironia em reuniões de líderes de bancadas no Congresso: “E no 30º mês, o governo Lula murchou…”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

ABRIL DAY

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.