Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

José Casado

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Informação e análise
Continua após publicidade

Brasília resolve criar tempestade doméstica em plena crise mundial

Governo, Congresso e Judiciário parecem empenhados em produzir uma tempestade perfeita na política, na economia e na ordem jurídica nacional

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 12h17 - Publicado em 17 abr 2024, 08h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Governo, Congresso e Judiciário parecem empenhados em produzir uma tempestade perfeita na política, na economia e na ordem jurídica nacional.

    Esses conflitos institucionais, quase sempre motivados pelo personalismo, estão sendo enunciados no meio de uma crise mundial.

    As debilidades do país começam a ser realçadas numa conjuntura marcada por duas guerras em andamento (Ucrânia e Gaza), a terceira começando (Israel-Irã) e taxas de juros subindo nos Estados Unidos.

    O governo resolveu aumentar gastos no curto prazo, sem indicar compromisso de controle futuro. A exceção é a previsão de um corte significativo nas despesas com saúde e educação (de 1,33% do PIB neste ano para 1,15% até 2028), conforme o projeto de lei de diretrizes orçamentárias enviado ao Congresso.

    A princípio, a expansão de gastos tende a ser financiada com endividamento e por manobras constitucionais para flexibilização nas despesas hoje classificadas como obrigatórias.

    Continua após a publicidade

    Isso, porém, dependerá de autorização do Congresso, que está em conflito aberto com o governo e o Judiciário.

    Na Câmara começou a guerra de egos. Arthur Lira, presidente da Casa, não se entende com parte do ministério de Lula e resolveu reagir anunciando a criação de CPIs requisitadas pela oposição. Naturalmente, o alvo é o governo.

    Lula acha que Lira, em fim de mandato na presidência da Câmara, não pode nem deve ter o tratamento preferencial que deseja nos cargos governamentais e nas planilhas orçamentárias.

    Continua após a publicidade

    Nos plenários do Senado e da Câmara predomina tensão nas relações institucionais com o Supremo Tribunal Federal. Extremistas do bolsonarismo passam o tempo planejando situações de confronto.

    O deputado Arthur Lira e o senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, acalentam planos para influenciar nas próprias sucessões. Isso significa, entre outras coisas, afirmação de autoridade pessoal e das instituições que representam.

    O adversário escolhido é o Judiciário, que amplia sua jurisdição em zonas cinzentas ou vácuos legislativos — dos direitos civis aos privilégios de funcionários públicos, com ou sem mandato.

    Continua após a publicidade

    Resultado: a economia está fragilizada, governo e Congresso já não se entendem e a tensão com o Judiciário vai ao limite em decisões legislativas excêntricas.

    A mais recente é a da criminação total do porte de drogas, sem normas específicas de distinção entre usuário e traficante como impõe a realidade dos presídios e a regra constitucional.

    Uma leitura possível é a de que o Senado atropelou o Supremo e repassou à polícia o poder de interpretar a Constituição. Nada mais esdrúxulo e extemporâneo.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.