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Bolsonaro e Guedes demonstram receio com a candidatura de Pacheco

Agora, cada palavra de Rodrigo Pacheco (PSD) na presidência do Senado será analisada como a de um reconhecido adversário da reeleição de Bolsonaro

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 out 2021, 08h00
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  • MINEIRO - Pacheco: “Eu não posso falar sobre isso, mas vocês podem” -
    Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado — (Cristiano Mariz/VEJA)

    Com o fim da CPI, luzes, câmeras e microfones serão direcionados para o senador Rodrigo Pacheco.

    Ele preside o Senado há oito meses, mas foi surpreendido e acabou ofuscado pelo vigor da comissão na exumação do pandemônio governamental na pandemia, em cujo rastro contavam-se mais de 605 mil mortos até ontem à noite. Depois da CPI, o palco deve se abrir para o senador do PSD de Minas Gerais.

    Às vésperas dos 45 anos, Pacheco tem a biografia de um político com sorte: chegou ao Congresso em 2015 como deputado, quatro anos depois se arriscou na candidatura ao Senado e conseguiu o mandato. Deixou para trás, entre outros, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

    Ele acaba de migrar do DEM para o PSD, partido cujo CEO Gilberto Kassab planeja lançá-lo como alternativa de centro na disputa presidencial do ano que vem. Liberal discreto, habitualmente conciliador, mesmo hesitando sobre a candidatura já conseguiu incomodar um adversário relevante: Jair Bolsonaro.

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    Na manhã de domingo, Bolsonaro caminhou com o ministro da Economia Paulo Guedes por uma feira de pássaros no Parque de Exposições da Granja do Torto. Parou ao lado de Guedes, diante de jornalistas. Ouviu, sem ressalvas, o ministro criticar o eventual adversário Pacheco, usando a primeira pessoa do plural e num tom talvez adequado à chefia do comitê eleitoral do Palácio do Planalto.

    “Nós esperamos” — disse Guedes— “que o presidente do Senado avance com as reformas. Se ele se lança a presidente da República agora, e se ele não avança com as reformas, como é que ele vai defender a própria candidatura?”

    “Ele precisa avançar com as reformas”, provocou. “Ele precisa nos ajudar a fazer as reformas. Ele não pode fazer militância. E eu tenho certeza de que não vai fazer. Nós conversamos na semana passada. Ele falou: ‘Olha, nós temos que acelerar o [projeto para pagamento do] precatório, a aprovação’. Nós temos que avançar com as reformas. O presidente do Senado sabe que nós estamos no caminho certo.”

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    Acrescentou: “Se ele (Pacheco) quiser, inclusive, se viabilizar politicamente, como uma alternativa séria, tem que ajudar o nosso governo a fazer as reformas, porque o presidente [Bolsonaro] quer avançar. Nós queremos avançar, o presidente da Câmara, [Arthur] Lira, quer avançar. Então, estamos esperando o Senado também nos ajudar a avançar. Todo mundo quer ajudar o Brasil a dar certo.”

    O silêncio obsequioso de Bolsonaro combinado à eloquência de Guedes, numa feira de pássaros da primavera, fizeram pela candidatura de Pacheco mais do que Kassab, chefe do PSD, conseguiu no último ano para apresentá-lo como alternativa presidencial em 2022. Eles demonstraram receio da competição por votos no centro e à direita a partir de Minas Gerais, terceiro maior colégio eleitoral.

    Agora, cada palavra de Pacheco na presidência do Senado será analisada como a de um reconhecido adversário da reeleição de Bolsonaro. Ao centro e à direita, porque para a esquerda não adianta empurrar que o advogado de Araxá dificilmente vai.

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