Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

José Casado

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Informação e análise
Continua após publicidade

Bolsonaro abre a caixa de surpresas eleitorais, e vai custar caro

Para o candidato, a conta que importa é a das urnas. Daí o aumento de 33% a professores, subsídio aos combustíveis e "auxílios" variados aos eleitores

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 fev 2022, 11h30 - Publicado em 5 fev 2022, 08h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Jair Bolsonaro abriu sua caixa de surpresas eleitorais. E elas custam caro.

    Ontem, por exemplo, assinou um aumento de 33,24% no piso salarial dos professores da rede pública, retroativo a janeiro de 2021.

    Criou a chance de dizer que nunca antes alguém “valorizou” como ele a tropa de 1,7 milhão de professores dedicados a educar 38 milhões de alunos do ensino básico. “É o maior aumento já concedido”, celebrou.

    Deu o aumento, e mandou a conta para governadores e prefeitos, responsáveis pela administração da rede pública de ensino fundamental. Aos Municípios vai custar mais de R$ 30 bilhões, calcula a Frente Nacional de Prefeitos. Aos Estados, pelo menos R$ 20 bilhões.

    Se têm dinheiro suficiente para pagar, ou não, é problema deles. Importante para o candidato à reeleição é que, com isso, conseguiu ir além da “bolha” eleitoral desenhada nas pesquisas, onde aparece distante de Lula do PT, no patamar de 25% das intenções de voto.

    Continua após a publicidade

    Essa régua de racionalidade eleitoral foi usada por Bolsonaro, também, na decisão de subsidiar o consumo de combustíveis.

    Bolsonaro aceitou a sugestão o chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e do presidente da Câmara, Arthur Lira, de retirar tributos sobre gasolina, diesel e gás, dar um “auxílio-diesel” de R$ 1.200 por mês a caminhoneiros autônomos, além de financiar a fundo perdido o transporte público e um “auxílio-gás” a famílias de baixa renda.

    Pode custar mais de R$ 100 bilhões ao Tesouro Nacional, e os efeitos são duvidosos — o problema é o preço do petróleo e, infelizmente, ele está fora do controle de Brasília.

    Continua após a publicidade

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, não gostou. Mas saiu de um almoço com Bolsonaro reafirmando a disposição de ir “até o fim”. Aparentemente, o candidato prometeu-lhe que, se reeleito, fará tudo o que a Economia mandar.

    Bancos federais começaram a ser mobilizados. O Banco do Brasil restringe, ou dificulta, a irrigação do caixa dos governadores adversários. A Caixa Econômica Federal projeta “linhas especiais” de financiamento a segmentos do eleitorado privilegiados por Bolsonaro — caminhoneiros, policiais e bombeiros, entre outros.

    Há, ainda, a ideia de abrir crédito para eleitores de baixa renda endividados. Poderiam “zerar” débitos e sair da lista de devedores com empréstimos de até R$ 4 mil tomados nos bancos federais. O Tesouro pagaria cerca de 90% do custo.

    Continua após a publicidade

    “Muita coisa vai acontecer até a eleição”, avisou Bolsonaro ontem, um tanto enigmático. Pelas evidências, o custo para o erário e o equilíbrio das contas nacionais pouco importam.

    Se, mesmo assim, perder a eleição, a mensagem aos adversários já foi dada no aumento dado aos professores, uma conta transferida aos governadores e prefeitos. É Bolsonaro quem vai assinar o orçamento de 2023, o primeiro do próximo governo.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.