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Bolsonaro-51, ideia que virou pesadelo

O número do partido é 51. De manhã, parecia uma boa ideia. Na ressaca da noite, já se transformara no mais novo estorvo no projeto de reeleição de Bolsonaro

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 jun 2021, 10h30
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  • O número do partido é 51. Ontem de manhã, parecia uma boa ideia. Na ressaca da noite, já se transformara no mais novo estorvo no projeto de reeleição de Jair Bolsonaro.

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    O senador Flavio Bolsonaro (RJ) migrou do partido Republicanos para o Patriota (número 51 na Justiça Eleitoral) e anunciou o possível ingresso do pai presidente-candidato.

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    Confirmou em redes sociais com fotografia da ficha de filiação, exibida com auxílio do advogado Adilson Barroso, presidente do Patriota.

    Por trás da imagem havia uma história, e seus detalhes estão em processo apresentado no fim da tarde de domingo na Justiça Eleitoral. Nele, o advogado Barroso é acusado de dar um golpe para tomar o Patriota e entregá-lo à família Bolsonaro.

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    Barroso perdeu a eleição em 2018 para uma vaga de deputado federal por São Paulo. Obteve 42.717 votos (0,20% dos válidos). Seu plano é tentar, outra vez, ano que vem.

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    Na última quinta-feira, ele publicou no Diário Oficial a convocação de uma convenção nacional do partido. Marcou para ontem, em Barrinhas, seu reduto eleitoral a cerca de 400 quilômetros de São Paulo.

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    No edital deixou claro que era para mudar tudo no Patriota, com novo estatuto, regimentos internos, Conselho Político e outros “assuntos de ordem legal e estatutária”. E assinou a peça, solitário.

    A confusão começou no domingo, quando a dissidência liderada pelo vice-presidente Ovasco Resende recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral.

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    Avançou na convenção de Barrinhas, ontem. Meia centena de pessoas se aninharam numa sala de uma casa, no número 219 da rua Duque de Caxias, na Vila Recreio.

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    Barroso resolveu legitimar, pelo voto, um convite a Jair Bolsonaro para ingressar no partido: “Eu estou colocando em votação a possibilidade, caso ele queira, da filiação do presidente da República. Alguém aqui é contra, se não for levanta a mão!” Seguiram-se gritos, protestos e alguns aplausos.

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    Antes havia descredenciado, com data retroativa, alguns delegados da oposição interna. Substituiu-os por outros, não eleitos mas escolhidos por ele na última quarta-feira, véspera da publicação do edital da convenção, mas evitou preencher a vaga de um recém-falecido por Covid-19.

    Criou novos cargos na Executiva Nacional, como presidentes “de honra”, e dissolveu diretórios estaduais no Acre, Amapá, Bahia, Santa Catarina e Distrito Federal — focos de resistência.

    O golpe de Barroso transformou o que talvez fosse uma boa ideia em pesadelo judicial.  Jair Bolsonaro, por enquanto, continua na insólita situação de presidente-candidato à procura de um partido.

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