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A eleição com inflação vista pelas janelas do Planalto e do Congresso

O risco está no descontrole, mas no Planalto muito se ouve sobre a onisciência do governo e o combate "rápido e efetivo" depois das eleições

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 abr 2022, 17h31 - Publicado em 12 abr 2022, 08h00
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    Ilustração — (VEJA.com/VEJA/VEJA)

    O avanço da inflação ganha valor eleitoral específico na disputa presidencial. A velocidade, persistência e disseminação dos aumentos de preços por toda a economia surpreenderam até o habitualmente moderado presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

    Em contraste, o candidato Jair Bolsonaro e parlamentares aliados, todos em campanha de reeleição, enxergam uma oportunidade nessa paisagem econômica degradada.

    Acreditam na chance de “administração” desse processo inflacionário pelos próximos seis meses, até o segundo turno eleitoral.

    Apostam na capacidade de controle do surpreendido Banco Central, via taxa de juros. E, também, no aumento da arrecadação de tributos — aspecto perverso do processo inflacionário para quem paga impostos, mas celebrado por quem está no governo durante a temporada eleitoral. Entre outras razões, porque facilita a partilha orçamentária com a clientela política.

    O risco está no descontrole. Mas quem frequentou o Planalto nos últimos dias saiu rouco de tanto ouvir sobre a onisciência do governo Bolsonaro e sua disposição para o combate “rápido e efetivo” da inflação. Isso, claro, só depois das eleições. Ou seja, no próximo mandato presidencial, se for renovado nas urnas. Até lá, no “pior” cenário, imagina-se que a inflação fique abaixo de 10% ao ano (nessa conta não entram fatores como o delírio bélico de Vladimir Putin na Ucrânia).

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    Bolsonaro planeja redobrar a aposta na retórica  de campanha sobre costumes, condimentada pela lembrança do histórico de corrupção dos adversários. Acredita ser a melhor alternativa para driblar as agruras econômicas do eleitorado, cujo poder de compra está em declínio acelerado — a renda caiu 9% no ano passado.

    Não seria melhor “acabar” com a inflação? A ênfase no verbo, durante uma conversa telefônica, levou um parlamentar governista a pedir licença. Logo voltou avisando que iria ler trecho de um livro como resposta: “Por que o governo não acaba com a inflação? Muito simples: enquanto há inflação o pessoal só pergunta ‘Por que o governo não acaba com a inflação?’. Acabada a inflação, o pessoal vai querer que o governo acabe com a canalhice, a violência, a corrupção e, sobretudo, a própria, dele, governo, incompetência.”

    Encerrou rindo e citando o autor: Millor Fernandes, humorista, morto em 2012 — quando a inflação era metade (5,8%) do que é hoje.

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