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O jardineiro casual

Por Marcelo Marthe
Ideias práticas e reflexões culturais sobre jardinagem, paisagismo e botânica
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O dilema do jardim vertical: ser ou não ser natural?

Desde que fiz meu primeiro programa sobre os jardins verticais, lá se vão três anos e meio, essa novidade passou de mera tendência de moda a expediente cada vez mais disseminado no paisagismo urbano (em São Paulo, ao menos). E essa é uma notícia para se comemorar, claro. O jardim vertical é excelente alternativa para trazer […]

Por Marcelo Marthe Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 22h58 - Publicado em 18 abr 2016, 16h51

jardim-vertical

Desde que fiz meu primeiro programa sobre os jardins verticais, lá se vão três anos e meio, essa novidade passou de mera tendência de moda a expediente cada vez mais disseminado no paisagismo urbano (em São Paulo, ao menos). E essa é uma notícia para se comemorar, claro. O jardim vertical é excelente alternativa para trazer o verde a lugares pequenos, muros áridos e edifícios em busca de uma solução decorativa que conjugue impacto visual e correção ambiental. Além de beleza, o jardim vertical ajuda a regular o calor, aumenta os níveis de umidade no ar e traz até mais bichos para ambientes urbanos, de borboletas a beija-flores. Vale rememorar aqui os primeiros passos para sua instalação:

https://veja.abril.com.br/multimidia/video/jardim-vertical-traz-o-verde-para-a-parede-da-sala

Neste post, me arrisco a palpitar sobre um dilema existencial patente em tantas paredes verdes que vejo pela cidade: ser ou não ser um conjunto natural. Explico melhor. Certas combinações de plantas dão um ar mais casual à parede verde, por serem espécies típicas de ambientes aéreos. Enfim, são pendentes, epífitas (que seguem a estratégia de se apoiar em árvores na natureza) ou típicas de encostas íngremes. Se você deseja imitar os padrões de crescimento e distribuição aleatória das plantas como na natureza, eis algumas espécies valiosas:

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Hera-da-Argélia-Hedera-canariensis

Hera-da-Argélia (Hedera canariensis)

Tradescantia zebrina

Trapoeraba (Tradescantia zebrina)

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Peperômia variegada (Peperomia serpens)

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Philodendron_xanadu_AK1

Filodendro Xanadu (Philodendron xanadu)

Microsoft Word - ARTIGO 1 ThaisMachadoAguiar2012v8n1.doc

Samambaia do Mato Grosso (Phlebodium decumanum)

Nephrolepis

Samambaia Nephrolepis

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Philodendron imbe

Imbé (Philodendron imbe)

Asparagus densiflorus

Aspargo ornamental (Asparagus densiflorus)

- Costela de adão (Monstera deliciosa)

Costela de adão (Monstera deliciosa)

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peixinhos-Nematanthus-gregarius

Peixinho (Nematanthus gregarius)

Em muitos arranjos verticais, contudo, o paisagista segue a lógica oposta: faz questão de subverter a ideia do que seja natural, conjugando espécies que normalmente não crescem em paredes – além de usá-las para criar padronagens geométricas, brincando com as cores e texturas. Até o capim do Texas, espécie de hábito notoriamente rasteiro, pede passagem no carnaval de cores e texturas que assola as paredes verdes paulistanas. Toda essa heterodoxia é ruim? Não necessariamente.

Quando cultivadas com critério, essas composições atípicas podem ter seu valor. Virar a natureza pelo avesso é, afinal, um mote explorado com sucesso na arte moderna e contemporânea. Brincar com as formas antinaturais é uma pedra de toque nos projetos de um modernista como Burle Marx. Mas investir na miscelânea sem atentar para as necessidades e suscetibilidades de algumas plantas – em matéria de luminosidade, por exemplo – pode resultar em vexame paisagístico. Eis um apanhado de espécies que funcionam bem nesse caso:

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Lysimachia congestiflora-sten porse cc

Lisimáquia (Lysimachia congestiflora)

Dendrobium nobile

Olho de boneca (Dendrobium nobile)

Capim do Texas (Pennisetum setaceum)

Capim do Texas (Pennisetum setaceum)

Begonia_rex5

Begônia (Begonia rex)

Spider plant in retro tea cup

Clorofito (Chlorophytum comosum)

 

 

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